
AGÊNCIA CBIC
Crédito imobiliário ultrapassa pessoal
![]() |
17/12/2013 |
Gazeta do Povo Crédito imobiliário ultrapassa pessoal Mudança de perfil é positiva, segundo analistas, porque dívida da casa própria é de longo prazo e tem juros menores O boom do mercado da construção fez com que, pela primeira vez na história, o crédito imobiliário superasse o crédito pessoal no Brasil. Segundo dados do Banco Central, o saldo de financiamentos imobiliários atingiu R$ 326,4 bilhões em outubro, contra R$ 317,6 bilhões do crédito pessoal. INFOGRÁFICO: Construtoras e incorporadoras prometem retomar ritmo de lançamentos em Curitiba em 2014 Desde agosto, o setor imobiliário está na dianteira dos empréstimos e a tendência é se manter assim nos próximos anos. A combinação de fartura de crédito e crescimento do volume de lançamentos nos últimos anos colocou o setor em um novo patamar. A parcela de financiamentos imobiliários sobre o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,7% em 2007 para quase 8% nesse ano. A expectativa é que esse porcentual chegue a 10% até 2015. Ainda assim estaremos abaixo de países como Chile e México , diz Normando Baú, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR). Mesmo com o ritmo menor de lançamentos em 2013 o volume de unidades verticais colocadas no mercado caiu 32%, para 6 mil o setor segue batendo recorde de financiamentos. A projeção da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é de um crescimento de 20% no financiamento imobiliário com recursos da poupança (para compra e construção de imóveis) em 2013 e supere os R$ 100 bilhões. No próximo ano, as concessões devem aumentar, no mínimo, 15%. Não vemos nenhuma alteração no mercado de crédito para o próximo ano e o cenário para renda e emprego permanece favorável , diz Baú. O crescimento do crédito imobiliário é um fenômeno recente, começou há cerca de dez anos, quando os bancos, por meio de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), foram incentivados a emprestar recursos da poupança para o setor. Até então os bancos podiam emprestar, mas não o faziam porque era mais interessante deixar esse dinheiro na forma de depósito compulsório remunerado pelos títulos do Tesouro Nacional. Com o tempo, a figura da alienação fiduciária e a redução da taxa de juros também ajudaram o segmento a crescer. |
|
![]() |