
AGÊNCIA CBIC
Crédito fica estável em janeiro, diz Febraban
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25/02/2014 |
Valor Econômico Crédito fica estável em janeiro, diz Febraban Felipe Marques De São Paulo Janeiro foi um mês de ressaca no crédito, em especial nos empréstimos a empresas, segundo sondagem preliminar da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgada ontem. O efeito calendário reduziu o apetite das companhias por empréstimos, e fez com que o estoque de operações recuasse 0,2% no mês, para R$ 2,71 trilhões, na comparação com dezembro. Os dados oficiais serão divulgados pelo Banco Central (BC) na quinta-feira. "O desempenho final, contudo, pode ainda ser mais fraco, a depender dos dados do BNDES Direto, não capturados na nossa pesquisa e que tem sazonalidade negativa", escreve a equipe de economistas da Febraban. No universo de empréstimos com recursos de livre aplicação para empresas, em que estão classificadas operações de capital de giro, o saldo encolheu 2,3% na comparação com o mês anterior, revertendo o bom desempenho de dezembro (crescimento de 2,4%). Já em novembro, essa carteira havia avançado 1,9%. No crédito pessoa física, o estoque de operações de livre aplicação que inclui consignado, veículos e cartão de crédito avançou 0,4% em janeiro. Já o saldo de crédito pessoa física com recursos direcionados, onde estão as operações de financiamento habitacional, cresce 0,3%. No acumulado em 12 meses, o estoque total de operações de crédito cresceu 14,5% em janeiro, segundo a Febraban. No mesmo mês de 2013, o percentual estava em 14,6%. "O crédito direcionado para pessoa física deve desacelerar para 30,2% em 12 meses, de 32,1% em 2013, menor ritmo desde março de 2013", espera a federação. Com a sazonalidade desfavorável, as concessões de crédito mostram fortes quedas em janeiro, na comparação com dezembro. Ajustadas pela média diária, as concessões de crédito pessoa física com recursos livres caem 10% e as com recursos direcionados, 34,3%. Na pessoa jurídica, as concessões com recursos livres caem 24,8% e as com direcionado, 28,3%. Em termos de inadimplência, a Febraban lembra que o começo do ano é um período desfavorável para a capacidade de pagamento das famílias, dado o acúmulo de obrigações (IPVA material escolar) a serem honradas. "Será importante observar como esse padrão se manifestará neste ano, tendo em vista o momento favorável verificado nos dados recentes de crédito e balanços dos bancos, mesmo diante do aumento de taxas de juros, movimento que normalmente seria desfavorável para a qualidade das carteiras", afirma a federação. |
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