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AGÊNCIA CBIC

01/07/2013

Construção dribla a crise no início

"Cbic"
01/07/2013

Estado de Minas/MG

Construção dribla a crise no início

Setor surpreende, registra resultado positivo e cresce 4,5% em 2011, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE.
 Pedro Rocha Franco
 A preparação para a Copa do Mundo, associada ao maior acesso ao crédito imobiliário, permitiu que o setor de construção civil no país de certa forma superasse a crise da Zona do Euro, tendo crescido 4,5% em 2011 ante 2010, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, incorporações, obras e serviços do setor movimentaram
 R$ 286,6 bilhões no ano. Os benefícios, no entanto, se concentraram boa parte nas mãos dos maiores grupos de infraestrutura. Doze dos 9,2 mil grupos do segmento executaram 28,6% das obras em 2011, enquanto em 2007 os mesmos tiveram 26% do total. O levantamento não informa os nomes das empresas.
 Estádios de futebol, estradas e obras de mobilidade urbana e hotéis estão entre os principais colaboradores para a evolução da construção no período. Aeroportos, mesmo com os atrasos nas obras, também têm participação no crescimento, principalmente nas cidades-sede do evento. O incentivo ao programa de habitação popular Minha casa, minha vida e a maior disponibilidade de crédito via bancos públicos também tiveram forte apelo. Na comparação setorizada do Produto Interno Bruto (PIB), não à toa, a construção civil foi o segundo setor com maior evolução. A variação entre 2007 e 2011 é de 23,9% ante 15,8% do Produto Interno Bruto (PIB) global, segundo o Anuário da Construção Civil. Tendo aumentado 38,7% no mesmo período, somente o setor de intermédio bancário avançou mais.
 CIMENTO Em 2011, segundo análise incluída no estudo, a indústria da construção foi influenciada pelo aumento dos desembolsos para obras de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), maior oferta de crédito imobiliário, crescimento do emprego e da renda familiar e pela desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de insumos da construção.
 O economista do IBGE Antônio Braz avalia que, de maneira geral, a construção civil tem menor concentração que outros setores da indústria, como a automotiva, de cimento, e outras. Segundo ele, caso se considerassem as 12 maiores de um desses setores, eles responderiam por mais de 90% ou até mesmo quase a totalidade. Em muitas licitações a participação da empresa é condicionada, sendo necessário colocar patrimônio como garantia de execução, por exemplo, afirma Braz, ressaltando que os números dos anos seguintes não devem ser tão  brilhantes devido ao desaquecimento da economia a partir de 2012.
 A análise pode ser confirmada pelo Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG). O indicador registrou 49,8 pontos em junho, abaixo da marca de confiança (50 pontos). É o oitavo mês consecutivo em que os empresários demonstram insatisfação quanto às condições de negócio. Desde novembro de 2012 o índice permanece abaixo de 50 pontos. Em relação ao mês anterior, no entanto, o cenário é positivo. Em maio, o indicador atingiu 42,3 pontos.
 CONCENTRAÇÃO Segundo o IBGE, as 12 grandes do setor fizeram obras com valor médio de R$ 2,9 bilhões, enquanto a média geral é de R$ 5,2 milhões por obra. Entre as 9,2 mil empresas de obras de infraestrutura ativas, essas 12 grandes ocupavam, em média, 17.306 pessoas cada em 2011 e pagavam salários de R$ 2.981. No caso das demais empresas, a média era de apenas 42 pessoas ocupadas e salários de R$ 1.249.
 Prova do crescimento do setor está no número de empresas. Somando as empresas de infraestrutura às demais do setor, o total é de 92,7 mil em 2011. O número cresceu vertiginosamente, tendo passado de 52,9 mil em 2007 para 79,3 mil em 2010 até atingir a última marca. O comparativo mostra variação de 17% e 75,4%, respectivamente. Minas praticamente manteve a participação nos números nacionais. O percentual de pessoas ocupadas variou levemente, passando de 12,4% em 2010 para 12,5% no ano seguinte. A concentração de empresas também oscilou levemente, passando de 6,4% para 6,9% no intervalo.

 
"Cbic"

 

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