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AGÊNCIA CBIC

27/10/2023

Construa Minas apresenta Projetos Industriais, Inovação e Oportunidades  

As Comissões de Obras Industriais e Corporativas (COICs) da CBIC e do Sinduscon-MG realizaram no dia 25/10, no Sebrae-MG, durante o Construa Minas 2023 o evento “Projetos Industriais, Inovação e Oportunidades” com a apresentação de cases da MBR, MontCalm,

O primeiro painel do evento contou com cases sobre “Inovação em Obras Civis: Case MBR”, com a presença do gerente de planejamento e administração de contratos da MBR, de Fábio Lima, e “Inovação em Montagem Eletromecânica: Case MontCalm”, do diretor-executivo da Montcalm S.A, Oscar Simonsen.

O evento foi aberto pelo vice-presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas do Sinduscon-MG, Celso Pimentel.

Já o vice-presidente de Obras Industriais e Corporativas da CBIC, Ilso Oliveira, destacou que o projeto industrial feito a muitas mãos é importante, já que todos podem trabalhar focando os vetores de força na direção do sucesso do projeto. “As relações com o mercado e a maturidade das empresas faz com que todos contribuam para que todos se preparem para o que os projetos exigirão deles.

O presidente do Sinduscon-MG, Renato Michel, ressaltou a importância da união de diversas entidades no Construa Minas. “O Construa congrega mais de 30 entidades ligadas à engenharia e à construção. A ideia é que todos trabalhem juntos. O sindicato não é de construtora, incorporadora etc. Somos o sindicato da indústria da Construção.”

Ressaltou ainda o sucesso do evento, com mais de quatro mil inscritos. “Isso engrandece e mostra que o setor tem sido uma grande locomotiva da economia na recuperação pós-pandemia.”

Inovação em Obras Civis: Case MBR

Fábio Lima, gerente de planejamento e administração de contratos da MRoscoe (Mascarenhas Barbosa Roscoe Construções) trouxe o primeiro painel com o case da MBR.  Ele destacou a inovação sobre uma obra realizada em mineração com as metodologias Advanced Work Package (AWP) e Last Planner System (LPS).

A MRoscoe tem 89 anos e maior tempo de atuação de Minas Gerais. Realiza obra em todo o Brasil e em diversos segmentos. Utilizando o AWP, foi possível atuar com as melhores práticas. “Essa metodologia propicia todo o planejamento da Construção e o envolvimento de todos os responsáveis, desde o princípio do planejamento.  O escopo é dividido em áreas geográficas, com definição de datas, sequenciamento executivo até chegar no condicionamento (POC) “, relatou.

Lima relatou que, com o uso do LPS, introduziu planejamentos operacionais de médio e longo prazo, com o foco na etapa prática do trabalho. “A metodologia envolve os últimos planejadores, e até mesmo quem está na ponta executando a obra, inclusive, os clientes.”

O gerente da MRoscoe salientou também que foi possível fazer a programação semanal de todo o processo, com a utilização de ferramentas 3D para facilitar o entendimento de todos os envolvidos. E todo o planejamento é realizado com o espaço de seis semanas, o que possibilita reuniões de check-in e check-out.

Assim, ele apresentou o case de adequação de um britador com elevado grau de dificuldade. “Era um britador já existente e a obra estava alguns anos parada, com vegetação ao redor e espaço mais restrito. Ela totalizava 15 metros de profundidade”, detalhou.

As metodologias e o projeto 3D auxiliaram à gestão da obra verificar estruturas que não estavam visualmente aparentes e, consequentemente, o que deveria ser executado no local.

“Tudo trouxe maior produtividade e precisão para a execução da obra”, ressalta o profissional que destacou alguns desafios encontrados: “Havia várias elevações, muitas etapas construtivas e um alto grau de complexidade. Durante o uso do LPS e em uma de nossas reuniões, percebemos que nos projetos não estavam previstos para inseridos metálicos. Baseado na metodologia, conseguimos incluir o material faltante na obra dentro do cronograma. O planejamento foi muito bem implantado em todas as disciplinas da obra”, contou.

Inovação em Montagem Eletromecânica: Case MontCalm

Oscar Simonsen, diretor-executivo da Montcalm S.A., apresentou o case “Inovação em Montagem Eletromecânica”, mas destacou que a inovação não estava relacionada à tecnologia em si, mas a uma nova técnica chamada LIFT Line.

O case aconteceu na mina da Mina Forquilha III, da Valle, em Ouro Preto. O objetivo era a descaracterização, de forma segura da barragem.  Em sua explanação, Simonsen falou sobre a chegada da mineração no Brasil, no século XVII, bem como os métodos existentes, desde então, de construção de barragens. Segundo ele, existem 717 barragens construídas pelo método de colocar material a montante. “Esse método vai criando, ao longo do tempo, problemas de instabilidade e riscos de desmoronamento, como ocorreram em Mariana e Brumadinho.

Ele contou que 53 barragens estão em estado crítico e a questão de descaracterizar uma barragem pode parecer algo simples, mas é complexo, envolve risco e é custoso. “Uma das formas é remover todo o material dela e aterrar ou então pouco a pouco retirar o resíduo todo e ambos geram instabilidade. Por isso, apostamos na montagem do sistema LIFT LiIne.

“A ideia foi montar na área da barragem quatro torres com 100 metros de altura, cada qual com um cabo de aço que se interligam em uma cesta. Por meio de um sistema controlado por computador conseguimos posicionar o cesto em qualquer ponto do quadrilátero criado”, explica.

Segundo Oscar, o método é inédito no mundo e utilizou uma série de estratégias para reunir tudo no local, como guindaste, guincho, transporte, pré-montagem de peças e aproveitamento ao máximo da capacidade do guindaste. “O grande desafio foi inserir o guindaste com capacidade de 500 toneladas. Não havia estrada e nem terreno preparado, o que deu bastante trabalho.

Assim, a preparação do solo foi a preocupação para a inserção de todo o material no solo.  E o resultado foi muito positivo”, comemora.

Samarco em busca de uma mineração diferente e sustentável

Reuber Koury, diretor técnico e projetos da Samarco destacou a tragédia gerada pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana/MG, ocorrida em 5 de novembro de 2015.

Assim, destacou o propósito da retomada de fazer uma mineradora diferente. “O processo produtivo começa na mina e passa pela etapa de beneficiamento. A partir daí existem duas rotas: a primeira refere-se à matéria do concentrado que vai se transformar em pelota e, a partir daí direcionado ao mercado. A outra parte são os rejeitos que, antes de 2015, eram separados da seguinte forma – 20% mais fino e 80% o mais grosso, sendo este juntado em uma barragem a montante”.

Posteriormente a 2015 alteraram a forma de direcionar todo o material gerado, desde o concentrador até o porto. E essa retomada das operações segue um cronograma com previsão de encerramento para o primeiro trimestre de 2028.

Koury destacou alguns dados da mineradora como a produção de cerca de 23 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério, até setembro deste ano. “Geramos 12 mil empregos, recolhemos impostos em torno de R$ 2,3 bilhões e firmamos contratos com fornecedores locais de, aproximadamente, R$1,5 bilhão”.

Ele ressaltou algumas iniciativas da Samarco para torná-la cada vez mais sustentável, seguindo quatro pilares entre meio ambiente, engajamento social, governança e reparação.

Dentre as ações focadas no meio ambiente estão o uso sustentável de rejeitos naturais e a reutilização da água no processo produtivo. Ele argumentou que a empresa utiliza, ainda, 100% de energia renovável e pretendem reduzir 30% de emissão de gases de efeito estufa até 2030.

No âmbito de engajamento social, citou o investimento de 78 milhões nas comunidades em 2023.

“A adesão às principais práticas globais como o ICMM- GISTM e a definição de políticas de direitos humanos entre toda a equipe são algumas ações de governança, que são seguidas pela retomada, que iniciou com a geração de energia na Usina Hidrelétrica de Risoleta Neves e demais atividades de reparação, compensação e indenização a cargo da Fundação Renova”, citou.

O tema tem interface com o projeto “Sustentabilidade das Empresas do Segmento de Obras Industriais e Corporativas”, da COIC/CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Construa Minas 2023 tem patrocínio da TopMix Concreto (Diamante), Confea (Prata), Copasa (Prata), Sicoob Imob.Vc (Prata), Plan Radar (Prata), Mais Controle (Cota StartUp) e apoio institucional da ABRH-MG, CMI/Secovi MG, CREA-MG, Sinaenco-MG, Sindicer-MG, Ibmec, UFMG/DEMC e Tia Lia Lanches.

(Com informações do Sinduscon-MG)

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