Construa Minas aborda smart cities e as novas tendências para as comunidades planejadas

“O Brasil não preparou as cidades nos últimos 50, cem anos, para todo esse crescimento. Os bairros Buritis (região Oeste de Belo Horizonte) e o Vale do Sereno (Nova Lima) são nobres mas sem planejamento urbano. O Plano-diretor tem de ser feito a muitas mãos”, disse Flávio Guerra, presidente da AELO-MG, vice-presidente do Sinduscon-MG e CMI Secovi-MG, CEO da Construir Loteamentos na abertura do painel “Smart Cities e as novas tendências para as comunidades planejadas”, nesta terça-feira (18), no espaço de eventos The One, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Um dos modelos apresentados para este novo estilo de morar/investir é o Smart Urba (empresa do grupo MRV&CO) destinado ao público de poder econômico médio (renda familiar variando de R$ 4 a 8,5 mil reais/mês.

Com mais de 3.000 unidades lançadas, com maior presença no interior de São Paulo, esse braço da MRV tem objetivo de chegar a 10 mil unidades/ano. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o empreendimento será entregue até o final do próximo ano, segundo Erika Matsumoto CEO da Urba.

Na palestra, Erika usou o Smart Urba Campinas (SP) como exemplo. “É um bairro, não um é condomínio. São 905 lotes residenciais, 75 lotes comerciais, 23 mil m2 de área lazer e 52 mil m2 área verde. O empreendimento tem wi-fi nas praças, pistas de skate, ciclovias, ciclofaixas e, para segurança, uma ronda permanente mais CFTV”.

A CEO pontuou a sustentabilidade da obra, com coleta seletiva de lixo e sistema de reciclagem, e destacou seu fator subjetivo. “É fundamental que o morador tenha o senso de pertencimento para que ele cuide não da apenas da casa dele, mas do bairro dele. Nós plantamos a semente, para ele poder cuidar”.

Mais inovação, o futuro morador Smart Urba encontra na hora da compra por meio de app, além de contar com a tecnologia da realidade virtual – por meio dos óculos o comprador pode visualizar o projeto/sonho dele em 140 m2 de terreno, desmistificando a necessidade dos lotes de no mínimo de 360 m2 nas cidades.

“Quando você faz um condomínio, o perfil de pessoas que buscam condomínios já sabe das possibilidades, mas o comprador comum não. Nosso propósito é trazer qualidade de vida pra um público que nem sabe que pode ter”, disse Erika.

Matsumoto falou ainda sobre o potencial do Estado, mas ponderou que o empreendedor nem sempre suporta o tempo do Estado para poder tocar projetos. “Ele (o empreendedor) quer fazer o certo, quer discutir com o poder público, mas tudo é muito lento, moroso. Tem a questão dos cartórios, mas mesmo assim, vejo que estamos andando”, finalizou.

CSul

Já o Diretor-presidente do Projeto CSul Lagoa dos Ingleses, Maury Fonseca Bastos, apresentou um empreendimento que reúne moradia, trabalho, lazer, cultura e oportunidades no município de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

O projeto tem como pilares a sustentabilidade, foco nas pessoas, inovação e tecnologia. “Estamos a 15 minutos do BH Shopping, numa localização estratégica, às margens da Lagoa dos Ingleses, e muita gente passa pela frente do nosso empreendimento.  Nosso objetivo é criar um polo de desenvolvimento econômico”, indicou Maury.

Projetado pelo urbanista Jaime Lerner, o CSul tem mais de 10 milhões m2 de área preservada; são 44 km de trilha de Montain Bike, rampa de voo livre e mirante com vista para lagoa e pôr do sol. Há ainda três lagoas artificiais que recebem água de chuva para geração de energia. Segundo Maury, a ideia é trazer as pessoas pra viver a cidade. “Grande parte de nossos eventos são gratuitos e abertos ao público, voltados pra família e esportes. E ainda shows ao ar livre, pra estimular a cultura”.

Entre os empreendimentos parceiros estão a RKM, EPO, Emccamp, além do Shopping Navegantes e 34 startups já instaladas.

O Costa Laguna é um dos empreendimentos do CSul. De alto padrão, iniciado em 2015, entregue em 2017, é considerado um case de sucesso. “Mais de 200 residências foram construídas em apenas dois anos, fora as obras em andamento”, contabilizou o diretor-presidente. Outro empreendimento CSul é o Reserva Laguna, que deve ser entregue até 2023.

“A maioria dos lotes foi vendida sem as pessoas pisarem no local, foram vendidos pela maquete, tão grande é a vontade de as pessoas fazerem dali seu lugar de morar, seu local pra empreender”, acrescentou Maury.

(Com informações da Ascom do Sinduscon-MG)