
AGÊNCIA CBIC
11/10/2011
Complexo multiuso
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11/10/2011 :: Edição 195 |
Jornal Correio Braziliense/BR 11/10/2011
Complexo multiuso
Representantes do setor imobiliário e da indústria da construção civil defendem um projeto mais amplo, que autorize um grande número de atividades no mesmo local – em vez de restringir os prédios a hotéis e apart-hotéis, como cogitado inicialmente. Para o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário, Adalberto Valadão, o ideal seria criar um grande complexo comercial. "Brasília precisa de um empreendimento que reúna não só hotéis, mas centros de convenções, restaurantes, escritórios e áreas comerciais. Seria um grande ambiente de convivência, com atividades para a população tanto durante o dia, como à noite."
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil, Júlio César Peres, partilha a mesma opinião. Ele defende que não sejam permitidas residências no local. "Antes de tudo, queremos que haja uma grande discussão para não haver risco de agressões à área tombada. Mas acredito que a melhor solução é a construção de um complexo multiuso, com atividade hoteleira, mas também com oferta de outros serviços", afirma Júlio César.
Um dos grandes opositores da proposta é o Ministério Público do Distrito Federal, que já entrou com ações na Justiça. Para os promotores de Defesa da Ordem Urbanística, as alterações agridem o tombamento "A área é vinculada à escala bucólica da cidade, os espaços vazios devem ser protegidos. Pelo projeto original, a densidade demográfica do terreno deveria ser baixíssima", comenta o promotor Paulo José Leite.
A Associação Brasiliense da Indústria de Hotéis é contra a abertura de leitos de hospedagem na 901 Norte sob o argumento de que não existe demanda. Defensores do projeto alegam, entretanto, que a entidade se opõe à construção por receio da concorrência. O presidente da associação, Tomaz Ikeda, nega essa motivação. "Não temos medo de concorrência, até porque existem 5 mil unidades hoteleiras em construção atualmente, o que representa um aumento de quase 50% na capacidade atual. Os representantes do setor nem sequer foram ouvidos até agora", reclama Ikeda. (HM)
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