DCI Online/SP
CNI prevê crescimento de 1% para a indústria
Fatores como a alta dos juros e da inflação, consumo em baixa e perda de dinamismo do mercado de trabalho levaram a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a prever, ontem, uma queda na indústria extrativa e uma baixa expansão da construção civil neste ano, além de uma expansão menor do Produto Interno Bruto (PIB) industrial para 1% em 2013, ante a previsão divulgada pela entidade no mês de abril, de 2,6%.
A instituição também reduziu a estimativa de crescimento do PIB em 2013 para 2%, ante os 3,2% previstos em abril. A piora decorre de incertezas em relação à economia dos Estados Unidos e da menor expansão na China.
O gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Branco, disse que as ações implementadas pelo governo não foram suficientes para aquecer a economia e o setor fabril.
Para a entidade, entretanto, a desvalorização do real ajudará o setor, mas levará tempo para isso surtir efeito diante da oscilação da taxa de câmbio. A perspectiva para o consumo das famílias também foi reduzida para 2,3%, ante 3,5%. A perda de dinamismo do mercado de trabalho e o maior comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas estão entre os fatores.
Têxtil
A preocupação com o desempenho das indústrias nacionais pode ser exemplificada com a queda de 1,1% na produção do setor têxtil no mês de maio em comparação com abril, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A entidade também apontou uma retração de 4,9% no setor de vestuário. De janeiro a maio de 2013, as importações de têxteis e confeccionados cresceram 4,7% e as exportações 6,05%.
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