Centros urbanos perdem fôlego na geração de emprego

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego revela que o interior de nove estados gerou mais empregos com carteira assinada em fevereiro do que as respectivas regiões metropolitanas.

Foram criadas 60.480 vagas formais no mês passado fora dos centros urbanos, já descontadas as demissões, enquanto, nas grandes cidades, o saldo líquido ficou em 56.520.

Os Estados analisados foram Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

As informações foram atualizadas pelo Ministério do Trabalho, que inicialmente, tinha informado que os dois dados eram idênticos.

Em relação ao interior, os Estados que mais geraram emprego em fevereiro, de acordo com o Ministério foram São Paulo (34.206 postos), Minas Gerais (12.292 vagas) e Paraná (9.000 postos).

No conjunto das regiões metropolitanas, os destaques foram São Paulo (21.548), Rio de Janeiro (13.528), Belo Horizonte (8.739).

Já Salvador (-1.661), Recife (-283) registraram retração do mercado. Em Salvador, o resultado foi atribuído ao desempenho negativo da construção civil (-1.928). Em Recife, a redução foi creditada pelo Ministério à indústria de produtos alimentícios (-2.632) e à agricultura (-796).

O Estado de São Paulo criou 55.754 vagas com carteira assinada em fevereiro, já descontadas as demissões do período.

O maior impulso do mercado de trabalho no mês passado veio do setor de serviços (30.715 postos), seguido por indústria de transformação (11.574) e administração pública (8.454).

A construção civil (5.102) e o comércio (2.170) também contribuíram positivamente, ao contrário da agropecuária, que registrou um volume de demissões maior que o de contratações.

O saldo do setor ficou negativo em 2.632.

No acumulado do ano, o mercado de trabalho ganhou 87.049 postos formais.

Fonte: O Estado de S.Paulo.