AGÊNCIA CBIC
CBIC lança projeto para impulsionar a reocupação de centros urbanos degradados no 2º Constru Nordeste
O Centro de Convenções de Salvador foi palco, hoje (01), do evento de lançamento do projeto “Encontro com o Poder Público – Reocupação de Centros Urbanos Degradados”, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) dentro da programação do 2º Constru Nordeste. O encontro é uma iniciativa do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Ademi-BA e FIEB.
A cerimônia de abertura contou com a presença de diversas lideranças do setor. Renato Correia, presidente da CBIC, destacou a importância estratégica do projeto para a entidade: “Melhorar a qualidade de vida nas cidades, oferecendo ao cidadão infraestrutura, segurança, mobilidade e moradia digna, é um objetivo estratégico da entidade.” Correia acrescentou que o projeto não só representa um vetor de novos negócios para o setor da construção, mas também é uma maneira de manter a indústria alinhada com as comunidades em que atua. “A CBIC abraçou a reocupação de centros urbanos como bandeira. Esse tema mobiliza a agenda da entidade há anos”, concluiu.
Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, abordou a complexidade do tema, ressaltando a necessidade de lidar com desafios legais, institucionais e técnicos. Ela mencionou a importância de recursos e da presença de diversos atores, incluindo municípios e governos, para o sucesso do projeto. “O retrofit é uma oportunidade para a diversidade de renda e o ativamento da cidade. É crucial que a gente busque soluções que permitam transformar áreas degradadas e subocupadas”, disse Magalhães.
O presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, falou sobre a relevância do evento, enfatizando a necessidade de revitalização dos centros urbanos. Passos destacou o papel fundamental das entidades envolvidas e a importância de aprender com experiências de outras cidades. Além disso, mencionou desafios específicos, como questões de registro imobiliário e proteção de áreas históricas. “Temos desafios, mas também pessoas e entidades resilientes que podem superar esses obstáculos e tornar realidade a reocupação dos centros”, afirmou.
Expressando sua satisfação com o evento, Alexandre Landim, presidente do Sinduscon-BA, comemorou o aumento significativo no número de inscritos, que passou de 6 mil para 22 mil desde a primeira edição. “Aqui a gente poder falar com todos os nossos parceiros, falar com nossos colaboradores, falar sobre tecnologia, falar sobre conteúdo e ter esse ponto focal”, disse Landim.
Cláudio Cunha, presidente da Ademi-BA, parabenizou os organizadores e destacou a importância da revitalização dos centros históricos de Salvador. Ele mencionou o exemplo do programa de incentivo à incorporação imobiliária e a necessidade de enfrentar desafios como a insegurança. “Precisamos reocupar o centro histórico, mostrando a nossa cidade para todo o Brasil”, afirmou Cunha.
A principal meta do projeto da CBIC é mapear iniciativas bem-sucedidas e identificar desafios e oportunidades para a reocupação urbana. José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, abordou a necessidade urgente de reocupar centros urbanos degradados, destacando a perda de 3 milhões de habitantes nas 25 principais cidades brasileiras entre 2010 e 2020. “A CBIC está criando este projeto nacional para atuar em entraves estruturais e promover a reocupação dos centros urbanos, sempre defendendo os interesses da construção e o bem-estar social”, afirmou.
Ao longo do dia o evento contou com cinco painéis para debater este assunto e avançar com as discussões. A CBIC continuará promovendo a reocupação de centros urbanos brasileiros, buscando aprimorar a qualidade de vida do país.
O tema tem interface com o projeto “Responsabilidade Social na Indústria da Construção”, objetivo 2.5 – “O Futuro da Minha Cidade”, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi).