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AGÊNCIA CBIC

13/12/2022

CBIC Jovem: a relação da indústria da construção com o poder público

O novo governo assume em janeiro com propostas de incrementar a área de investimentos públicos, com impactos no setor da construção. E entender como os governos funcionam, as principais exigências e preocupações dos gestores públicos e os requisitos legais, foi o foco do ciclo de palestras direcionado aos membros do CBIC Jovem, que aconteceu no dia 1º de dezembro, de forma presencial, em Brasília.

O ciclo de palestras “Políticas públicas e relacionamento com o setor público” permitiu aos participantes compreenderem o processo político e administrativo, as tendências e os novos padrões de governança (ESG) e de transformação digital do setor público. A capacitação foi uma iniciativa da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Em entrevista, o cientista político Leonardo Barreto, professor da especialização, ressaltou que o entendimento sobre o funcionamento do setor público melhora a capacidade das empresas de se posicionarem.

Pergunta: O que é mais relevante para os jovens entenderem no relacionamento da empresa privada com o governo?

Leonardo Barreto: Nos últimos anos se focou muito a questão ética, a questão do compliance, que eram os limites da ação do setor privado junto ao poder público e vice-versa. Agora estamos entrando num outro momento, em que o setor privado entenda como o setor público decide e como o setor público faz as suas escolhas no desenho de políticas. Entender o setor público também como tendo pelo menos duas naturezas: a natureza do político eleito, que se renova a cada quatro anos e que representa a vontade do eleitor, e a da burocracia, que é o elemento permanente da política, o responsável pela execução das políticas.

Estamos tentando entender como o setor público decide para que os nossos pleitos estejam adequados a essa forma de decidir, estejam conectados e mais alinhados aos interesses do setor público e assim terem mais chances de serem efetivos, de terem sucesso. O objetivo é melhorar a capacidade de interlocução do setor privado e do setor público, aumentando a efetividade e a conexão entre o que o setor privado imagina e o que o setor público quer.

P: Com o novo governo, a expectativa para o setor da indústria da construção é positiva, no se entendimento?

Barreto: Esse governo vai promover uma retomada do investimento e do planejamento público ligado ao setor da construção. Ele vai gerar uma mudança, provavelmente, com o fortalecimento de obras de infraestrutura urbana, habitação popular, infraestrutura de mobilidade, enfim, questões ligadas aquilo que o Estado e o setor público desejam. Vai ser um ciclo diferente do anterior, que tentou estimular o setor privado a desenhar suas políticas para que eles próprios trabalhassem, em até questões de planejamento que estavam ligadas ao setor público, planejamento urbano, marco do saneamento, enfim, uma entrada maior do campo privado.

É uma mudança de chave que afeta o setor da construção no sentido de dizer o que vai ser priorizado. Provavelmente, esses setores e áreas têm um motivo para serem mais otimistas. Agora, como é um governo que tem uma natureza maior de gasto público, setores econômicos precisam cobrar responsabilidade fiscal para que não haja uma deterioração dos juros e da renda que afetam quem vende empreendimentos para outros setores que não esses que são afetados diretamente com recursos públicos.

P: Nesse ponto, esse ciclo de palestras se torna mais relevante.

Barreto: Exatamente. Os ciclos da construção são afetados pelos ciclos políticos. Entender os sinais que eles emitem, melhora a capacidade das empresas de darem uma resposta, de se posicionarem, de lançarem projetos mais ligados aquilo que a conjuntura favorece, melhorar a eficiência do setor da construção.

Crédito da foto: Felippe Silva/CBIC

O curso tem interface com o projeto “ESG/ASG no Setor da Construção” e “Desenvolvimento de Lideranças” da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da CBIC, em correalização com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).

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