CBIC Economia debate queda do IGPM e projeções para 2023

Inflação, emprego e projeções para 2023 foram destaques durante a live CBIC Economia desta sexta-feira (28), promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A economista da entidade, Ieda Vasconcelos, destacou dados divulgados, nesta manhã, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontam deflação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), de 0,97%, em outubro, registrando variação negativa pelo terceiro mês seguido. Este índice é conhecido por gerar o reajuste de aluguéis. 

Em paralelo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação do país, também apresentou queda relativa aos meses de julho, agosto e setembro. A queda se dá, principalmente, pela queda do preço dos combustíveis, da energia elétrica e da telecomunicação, segundo Ieda Vasconcelos.

A economista destacou ainda uma maior estabilidade no custo da construção. “Isso não significa que estamos estabilizando em um patamar baixo, pelo contrário, se nós contabilizarmos do mês de julho de 2020 até setembro de 2022, que foi o último resultado oficial divulgado, nós temos uma alta superior a 30%. Já no custo total da construção, somente no custo com material, essa alta supera 50%. O custo da construção está adquirindo uma maior estabilidade, mas em um patamar elevado”, apontou.

Ainda nesta semana, o Comitê de Política Monetária (COPOM) divulgou que a taxa Selic se manteve no patamar de 13,75%. Segundo análise da economista, não está prevista nenhuma variação para este ano. A previsão, segundo especialistas, é que a taxa comece a cair apenas no segundo semestre de 2023, com expectativas de encerrar o ano em 11,75%. 

 Já em relação aos dados do desempenho da construção civil, a especialista disse que os números surpreenderam positivamente, comparado ao ano passado. “A construção civil é responsável por cerca de 6% do total de trabalhadores com carteira assinada no país”, lembrou. 

A live tem interface com o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, em correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).