
AGÊNCIA CBIC
CBIC comenta retomada do programa Minha Casa, Minha Vida

A retomada do Programa Minha Casa, Minha Vida realizada nesta terça-feira (14), por meio da Medida Provisória n° 1162, assinada pelo presidente Lula, em Santo Amaro da Purificação (BA), gera expectativa no setor da construção, aponta alguns dos principais veículos de comunicação do país. O evento foi marcado pela entrega de um conjunto habitacional no município, paralisado por cinco anos.
Ao jornal Valor Econômico, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou que o retorno do programa é “muito bom” e que parte do mercado que estava desativado será aquecido. “Pode, inclusive, compensar a iminente baixa de financiamento da caderneta de poupança”, sugeriu.
Em entrevista ao programa de TV Jovem Pan News, o presidente da CBIC afirmou que a paralisação dessas obras é um problema que não pode existir. “Não é possível que com tanta necessidade, a construção de moradias fique estagnada no meio do caminho”, declarou.
Durante a participação, Martins também destacou que a volta do programa habitacional se trata de excelente notícia para a área, com foco no interesse social, que gera muitos empregos, movimenta a economia, mas precisa ser demandado. “É um programa que estava praticamente desativado, já que, desde 2014 ou 2015 não houve novas contratações”, observou.
De acordo com o presidente, além de finalizar as obras paralisadas, o retorno do programa cria novos dispositivos para a construção de conjuntos habitacionais em parceria com a iniciativa privada. “A Medida Provisória que criou o MCMV abre um leque de opções para resolver esse problema do déficit habitacional, como, por exemplo, produtos que você consiga ter uma maior rapidez de execução e tenha menores perdas”, declarou. “Nenhum programa desses pode esquecer a sustentabilidade e a produtividade para que possamos entregar produtos melhores, mais baratos e em baixo tempo”, concluiu Martins.
Para o jornal O Globo, Martins também defendeu outros incentivos para o setor. “As condições para as construtoras têm que ser específicas para precificar o projeto. Precisa estar claro qual a taxa de risco oferecida, até se terá placa solar”, finalizou.