
AGÊNCIA CBIC
CBIC cobra definições do Governo Federal sobre Minha Casa, Minha Vida 3
Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb*
Para o presidente da entidade, Paulo Simão, o setor privado precisa se planejar para o lançamento de novas unidades habitacionais dentro do programa
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, cobrou maiores definições sobre a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida em encontro realizado na última segunda-feira (11) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo Simão, o governo precisa sinalizar ao mercado quais serão as metas e as regras do programa, para que haja maior integração com o setor privado.
"O Minha Casa é um dos programas mais importantes para a indústria da construção, mas nós trabalhamos em um horizonte de planejamento de dois, três anos. Ano que vem é de eleição e precisamos saber as regras, como será o programa em 2015. A presidente Dilma precisa sinalizar isso o quanto antes", afirmou o executivo em conversa com jornalistas.
De acordo com Simão, o ministro tranquilizou os empresários e disse não haver dúvidas de que haverá a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, mesmo ainda sem os detalhes do programa.
Além de cobrar definições quanto ao Minha Casa, o presidente da CBIC também apresentou a Mantega um estudo que demonstra que, em média, a burocracia em todas as etapas da produção correspondem a 9% do preço das unidades habitacionais. O levantamento foi realizado pela consultoria Booz&Company com base em seis obras populares e será divulgado por completo no dia 11 de dezembro.
Na conversa, a entidade ainda pediu ao ministro maior facilidade de financiamentos para a compra de terrenos. "Precisamos de regras e leis mais adequadas para loteamentos. Mais financiamento, inexistente para isso hoje, ajudaria a melhorar a oferta", afirma.