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AGÊNCIA CBIC

24/10/2013

Casa própria continua sendo o maior sonho de consumo

"Cbic"
24/10/2013

Diário do Nordeste

Casa própria continua sendo o maior sonho de consumo

Apesar da expansão no setor imobiliário, fatores como a taxa de juros elevada ainda são entraves à população

Alimentado pelo aumento da renda e pela expansão do crédito, o desejo de ter uma casa própria permanece como o principal sonho de consumo dos brasileiros, sendo seguido pela intenção de reformar a residência, comprar móveis ou adornos. Todavia, enquanto adquirir um imóvel é prioridade para 18% da população, a taxa de juros elevada apresenta-se como um dos principais obstáculos para a conquista dessa meta.

O interesse pela casa própria tem refletido nos gastos das famílias. De acordo com pesquisa divulgada nesta semana pelo SPC Brasil, os custos com moradia ocupam o segundo lugar no ranking das principais despesas do brasileiros, superando transporte e ficando atrás apenas do grupo alimentação.

Para o economista Ênio Viana de Arêa Leão, a participação dos custos com moradia no orçamento dos brasileiros deverá continuar aumentando nos próximos anos, uma vez que, com a expansão recente do crédito, um número crescente de pessoas tem deixado o aluguel e investido na compra de imóveis.

O estudo divulgado pelo SPC Brasil aponta que 5% dos entrevistados não tinha gastos com moradia até 2012, passando a incluir o item no orçamento apenas neste ano.

Apesar de as facilidades ligadas ao crédito terem tornado mais próximo o sonho da casa própria para milhares de brasileiros, as altas taxas de juros são um desafio para o orçamento das famílias, o que exige mais cautela e planejamento. Além disso, destaca a professora do curso de Economia Doméstica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Helena Selma Azevedo, os imóveis passaram por uma forte valorização nos últimos anos, o que, mesmo com o aumento da renda dos brasileiros, tornou a compra mais difícil.

Renda comprometida

Conforme o estudo divulgado nesta semana, para 43% dos entrevistados, comprar uma casa comprometeria 43% da renda mensal. Já para 12% das pessoas ouvidas, a aquisição comprometeria mais de 100% da renda.

Como a conquista da casa própria ainda é um processo relativamente recente para grande parte da população, destaca Viana, é preciso ficar atento para não comprar um imóvel cujo valor das parcelas vai além do que o consumidor pode pagar.

Uma dica para os que planejam fazer a compra, recomenda, é fazer um "teste" antes. A ideia, explica, é identificar exatamente quanto teria de ser pago nas primeiras parcelas do imóvel e, durante um ano, guardar o valor correspondente à parcela no fim de cada mês.

"Assim a pessoa vai ter uma ideia se vai ter condições de pagar depois (as parcelas)", frisa. Depois disso, acrescenta, o dinheiro poupado poderia ser usado para complementar a entrada no financiamento ou para mobiliar a nova casa.

Conforme o economista, apesar dos entraves, a expansão do setor imobiliário representa um "movimento saudável" para a economia do País. "Isso gera empregos, aumenta a poupança. Agora, as pessoas não podem cometer excessos", pondera.

Padrão de vida

Segundo Helena Selma, outro motivo para a dificuldade em comprar uma casa ou apartamento é o fato de muitas das pessoas que moram com os pais ou de aluguel não estarem dispostas a abrir mão do padrão de vida que possuem.

Em muitos casos, destaca, o consumidor poderia investir na compra de um terreno ou de um imóvel relativamente barato que, no futuro, poderia ser vendido ou alugado. "E isso seria melhor do que pagar aluguel, que é um dinheiro que vai para o ralo todo mês", indica.

Helena ressalta que conseguir financiamento em instituições financeiras também tem sido uma dificuldade para muitos brasileiros, sobretudo para os "novos adultos" que se preparam para sair da casa dos pais ou residem em imóveis alugados.

Diante desses obstáculos, 77% dos entrevistados pelo SPC Brasil que já se planejam para comprar um imóvel afirmaram não acreditar que vão conseguir atingir a meta ainda neste ano. Hoje morando em um apartamento alugado no bairro Joaquim Távora, o publicitário Rafael Menezes, 33, prevê comprar um imóvel em até dois anos.

Ele diz esperar que após a Copa do Mundo de 2014, seja mais fácil fazer a compra. O preço dos apartamentos pesquisados, relata, é hoje o principal obstáculo. "Os que possuem um valor mais condizente com a realidade normalmente não dão margem a negociação e costumam rejeitar financiamento, justamente porque sabem que o mercado está muito difícil", comenta.

JOÃO MOURA
REPÓRTER
 

 



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