BRB apresenta à CBIC uma nova forma de financiar habitação

Representando o presidente do Banco Regional do Brasil (BRB), Paulo Henrique Bezerra R. Costa, a diretora de Atacado e Governo Eugênia Melo apresentou aos representantes do setor da construção, durante reunião do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção CBIC), na quarta-feira (8), em São Luís (MA), os avanços da instituição na área da Habitação, com atuação em 20 estados, mais o Distrito Federal, e um funding auxiliar ao financiamento habitacional.

Líder no crédito habitacional no DF, a instituição financiou quase 30 mil unidades de 2018 a 2023, totalizando mais de R$ 12,4 bilhões em crédito imobiliário. O BRB é o sexto banco no país, com 2,9% de market share, resultado da estratégia de captações, que permite condições de praticar taxas melhores, porque tem uma captação mais barata. “O BRB atua por meio da caderneta de poupança e de depósitos judiciais, que têm custo mais baixo e faz com que o banco continue operando”, menciona, destacando que a iniciativa já permitiu uma captação de R$ 45,4 bilhões de ativos.

Outra ação comemorada é a parceria com o Clube de Regatas do Flamengo, que fez aumentar o número de clientes (7,3 milhões) e estar presente em 93,0% dos municípios brasileiros ao atingir o público que gosta do time.

Para a diretora do BRB, o resultado também é fruto da parceria com o setor da construção na melhoria dos processos.

Inovação para bancos estatais
Na avaliação do presidente do Conselho Consultivo da CBIC, José Carlos Martins, o BRB é um exemplo do que pode ser feito por qualquer outro banco estatal. Apesar de ser regional, o que teoricamente poderia ter uma limitação, o banco consegue, na região de Brasília, ser responsável por 70% dos financiamentos, e na Paraíba ser o segundo em financiamento imobiliário.

“Ele consegue ocupar um espaço que não seria normal para um banco do seu tamanho, com o volume de ativos que tem”, diz Martins, reforçando a perspicácia do presidente Paulo Henrique de ter visto que o depósito judicial tem o mesmo tipo de remuneração da caderneta de poupança e pode ser utilizado como funding auxiliar ao financiamento habitacional.

“Isso poderia ser feito por qualquer outro banco ligado ao setor público”, explica ao questionar porque os outros bancos não fizeram.

Para o vice-presidente Financeiro da CBIC, Eduardo Aroeira, a atuação do BRB demonstra como um banco público, focado em gestão, pode ter um grande impacto social. “Nos últimos anos, o BRB deu mais enfoque à gestão, com isso possibilitou que o banco crescesse e atendesse ainda mais a população, não só do Distrito Federal, como de outros estados do país. “A importância de um banco que atua sem influências políticas é muito grande, uma vez que, além de atender pessoas e empresas, também funciona como fomentador da economia nas praças em que atua”, defende Aroeira.

Desafio para o setor da construção
“Nós encontramos, através do BRB, uma nova forma de financiar habitação. É um novo funding, que ninguém tinha pensado”, salientou, lançando um importante desafio ao setor. “Peguem o exemplo do presidente Paulo Henrique e levem para os estados que podem fazer a mesma coisa. Não temos recursos na caderneta de poupança para financiar, por causa da taxa de juros absurda, mas temos uma ideia inovadora, que está no nariz de todo mundo e ninguém viu. Parabéns ao Paulo Henrique, parabéns ao BRB, parabéns ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por ter tido essa percepção e ter auxiliado o setor da construção, gerando emprego e bem-estar social”, frisou.