DCI – Comércio, Indústria e Serviços/SP
Atividade econômica em Pernambuco cresce 1,9% de janeiro a março
Adriana Guarda inflação
RECIFE
Diferentemente da tendência nos últimos anos, a economia de Pernambuco cresceu no patamar da média nacional, no primeiro trimestre de 2013. Na comparação com igual período do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado avançou 1,9%, a mesma taxa brasileira. Em valores correntes, o PIB a preços de mercado foi estimado em R$ 31,4 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pela Agência de Planejamento e Pesquisas do Estado de Pernambuco (Condepe-Fidem).
A frustração na taxa de crescimento já vinha ocorrendo desde o ano passado. A estimativa era registrar alta de 5%, mas o resultado minguou e fechou em 2,3%. O desempenho foi influenciado pela queda de 15% no PIB da agropecuária, impactado pela maior seca dos últimos 50 anos no agreste.
No primeiro trimestre, a indústria pernambucana apresentou crescimento moderado de 0,2%, na comparação com igual intervalo. O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas do Condepe-Fidem, Rodolfo Guimarães, analisa que a taxa é resultado do baixo desempenho da indústria da transformação, que apresentou redução de 2,5% no período. "A cana-de-açúcar exerce grande influência nesse setor, uma vez que é matéria-prima para o álcool e o açúcar. Sendo assim, o resultado do primeiro trimestre foi impactado pela sazonalidade do período, ocasionado pelo fim desta safra. Porém, esse cenário tende a mudar nos próximos trimestres", afirma.
Já os serviços industriais de utilidade pública foram o principal destaque neste período, com uma variação positiva de 5,9%. A construção civil registrou aumento de 0,6%. O setor de Serviços registrou crescimento de 1,4%, quando comparado com o mesmo trimestre de 2012. As atividades que mais se destacaram neste comparativo foram: transporte (4,5%) aluguéis e intermediação financeira (1,9%) e serviços prestados às famílias (5,5%).
No primeiro trimestre de 2013, a agropecuária obteve desempenho positivo de 33,9%, quando comparada ao mesmo trimestre de 2012. Esse resultado deveu-se ao crescimento das lavouras temporárias (95,1%), influenciado pelo aumento na produção das lavouras de cana-de-açúcar, e, principalmente, de milho e feijão, que apresentaram forte declínio no ano de 2012, impactados pela seca.
As lavouras permanentes registraram incremento de 12,8%, no comparativo do primeiro trimestre de 2013 e 2012, com destaque para a produção de uva e de banana. O crescimento do setor de construção civil começa a entrar numa fase de acomodação, porque grandes empreendimentos no Complexo de Suape já estão inaugurando ou prestes a entrar em operação, como a Petroquímica Suape e da Refinaria Abreu e Lima.
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