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AGÊNCIA CBIC

20/12/2011

Ampliação de recursos desafia setor imobiliário

"Cbic"
20/12/2011 :: Edição 239

 

Jornal Brasil Econômico/BR 20/12/2011
 

Ampliação de recursos desafia setor imobiliário

Atualmente, a oferta de crédito é vista como suficiente, mas entidades já discutem alternativas para o longo prazo

 As concessões de crédito imobiliário com recursos da Poupança saltaram de R$ 2,3 bilhões em 2003 para R$ 60 bilhões em 2010, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). No mesmo período, o número de moradias geradas com esses recursos saiu de cerca de 30 mil para 500 mil por ano. Com a perspectiva de crescimento contínuo do segmento nos próximos anos, o país precisa pensar em alternativas de ampliação da oferta de recursos no longo prazo.
 Além da fundamental estabilidade macroeconômica no país, a melhora vista no setor imobiliário contou com a ajuda da Lei 10.931, de 2004, que foi considerada ummarco na regulamentação do mercado imobiliário.
 "Essa lei obrigou os bancos a investirem em crédito imobiliário e também aumentou a segurança jurídica nos contratos de concessão de crédito", lembra o vice-presidente da Cbic, José Carlos Martins.
 A esse cenário juntou-se um déficit habitacional estimado em 6 milhões de moradias e a emergência da nova classe C, com renda em alta e carteira de trabalho assinada, que vem transformando em realidade o sonho da casa própria tão típico do brasileiro.
 Segundo o presidente do Secovi- SP (sindicato da habitação do estado), João Crestana, o mesmo salto visto nos recursos da poupança foi observado nos recursos do FGTS para a habitação: de cerca de R$ 2 bilhões em 2003 para R$ 30 bilhões em 2010. "Foi um salto grande e hoje percebemos escassez de material, de mão de obra, de terrenos.
 E no longo prazo é preciso pensar em outras formas de financiamento para o setor", pondera o especialista.
 Propostas Os fundos de pensão, com um saldo total estimado em R$ 800 bilhões no Brasil, são a alternativa preferida por Crestana como fonte de captação para o setor imobiliário quando, ao longo do tempo, os recursos da poupança já não forem suficientes.
 "No mundo todo os fundos de pensão são grandes financiadores do setor imobiliário-como têm necessidades de longo prazo, eles podem financiar o longo prazo.
 Aqui a participação dos fundos tem se dado através de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e de fundos de investimentos imobiliários, mas a participação ainda é insipiente." A se considerar que no mês de outubro os recursos da poupança para financiamento imobiliário estavam em R$ 320 bilhões, o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior, não vê problemas de captação no médio prazo. "Se considerarmos uma projeção de crescimento entre30% e40%no volume de operações financeiras em 2012, o que temos de volume de poupança é suficiente." Mas a conjuntura atual não impede que se pense nas necessidades futuras. Dessa forma a Abecip mantém discussões com o governo e o Banco Central no sentido de se construir modelos possíveis e elaborar legislação para quando a necessidade de mais recursos surgir.
 "Para o longo prazo pensamos em alternativas como o CRI, Letras Financeiras Imobiliárias (LFI, que estão sendo estruturadas), e os chamados "covered bonds", que são papéis que têm como garantia as operações de crédito imobiliário", explica Lazari Junior.
 O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) tem um mercado ainda pequeno no Brasil, mas com potencial de crescimento.
 "Como o banco e a incorporadora fazem vendas a prazo, eles ficam com a capacidade de fazer novos aportes ou empreendimentos reduzidos. Com o CRI, há a antecipação de recursos que permite o avanço nos negócios", diz o diretor da Novasec, José Pereira Gonçalves.
 Muitas empresas têm optado pelo caminho da abertura de capital para a captação de recursos no mercado, casos de Cyrela, Gafisa e MRV 

"Cbic"

 

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