Ademi-AM completa 6 anos em defesa do mercado imobiliário do estado

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) celebra neste mês de maio os seis anos de fundação da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM), instituída com o objetivo de sanar dificuldades e suprir anseios da classe imobiliária local em busca do crescimento contínuo do segmento no estado.

“A Ademi nasceu da necessidade dos incorporadores de uma maior representatividade”, destaca o presidente da entidade, Albano Maximo Neto, que tem uma grande ligação com a história da própria associação. O dirigente está há três anos à frente da Ademi-AM e foi reeleito para mais dois anos.

Interlocuções junto à Prefeitura e ao Governo

A entidade tem interlocução ativa junto à prefeitura e ao governo do Amazonas.

Como resultado do seu trabalho junto à prefeitura foi criado o Comitê de Desburocratização, com a participação de instituições como o Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Manaus (Sinduscon-AM) e demais órgãos, que deu origem à reforma do Plano Diretor da Cidade e às várias ações com relação à aprovação de projetos, redução de prazos, simplificações e taxas. “Ali se faz uma discussão muito saudável e a gente chega ao bom senso, em muitos pontos, que já facilitou e simplificou a aprovação de projetos”, diz.

“Também temos uma cadeira no Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU). Esse setor analisa toda a lacuna que existe na legislação e os grandes projetos que vêm para a cidade são submetidos a esse Comitê, como uma forma de análise mais detalhada desses empreendimentos maiores”, completa.

Além disso, a Ademi-AM participa ativamente na Vice-presidência da CBIC e junto à Caixa Econômica Federal local, onde tem acompanhado os associados, ajudando no diálogo e na aprovação de projetos.

Para o público em geral, desenvolve um trabalho junto à ‘TV Encontro das Aguas’, por meio do programa ‘O Papo Imobiliário’, segunda maior audiência da emissora local.

Ações desenvolvidas em prol do mercado

Atualmente com 30 empresas associadas, várias foram as ações desenvolvidas nestes seis anos em prol do mercado imobiliário do Amazonas.

Dentre elas, duas feiras de imóveis, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, que renderam excelentes resultados. Em 2018, o faturamento foi de R$ 105 milhões e, em 2019, de R$ 142 milhões.

Participou ativamente na aprovação do RET, que é a isenção tributária, junto à Câmara dos Deputados, por meio do deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM). “Esse estudo partiu de uma iniciativa da Ademi-AM e conseguimos várias vitórias com relação a esse assunto”, disse.

Outra importante ação foi a aprovação de uma lei no estado que reduz em 30% as taxas cobradas pelos cartórios relativos a transferências, aquisição e regularização de imóveis. “Isso foi muito importante, porque as taxas cartorárias no Amazonas eram as maiores do Brasil e ainda continuam bastante altas, mas conseguimos uma redução substancial importante, especialmente para o setor de incorporação”.

Realizou trabalho junto ao governo do estado, em apoio à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, referente à aprovação de projetos de habitação multifalimiliar relacionados ao meio ambiente. “Essa foi uma vitória, porque conseguimos aprovar vários empreendimentos que estavam parados no ano passado. Essa luta ainda não terminou. Continuamos conversando, porque a situação de meio ambiente é bem complicada”, frisa Albano Neto.

Ademi ainda mais ativa na pandemia

Durante a pandemia, a entidade esteve muito ativa.

Conseguiu junto ao governo que os cartórios voltassem a funcionar. As obras das suas empresas associadas praticamente não pararam durante o lockdown.

Numa ação junto ao Governo do Estado do Amazonas, conseguiu demonstrar à Fundação de Vigilância de Saúde os cuidados do setor em relação aos protocolos desenvolvidos pela CBIC e que não havia infecção do novo coronavírus dentro dos canteiros de obras, o que permitiu às empresas do setor continuar trabalhando durante toda a pandemia.

Desafios para 2021

Para Albano Neto, um dos maiores desafios do setor no estado é a aprovação de projetos pelo Meio Ambiente. “Temos 35 projetos parados. Nos últimos oito meses, não tivemos aprovação de nenhum projeto no estado. Isso impacta a geração de aproximadamente 35 mil empregos”, menciona.

“O problema hoje, como acontece em todo o Brasil, é o apagão das canetas. Nós temos, no estado, uma lei de licenciamento ambiental que possui muitas lacunas e que não dá muita força para o técnico na aprovação do projeto”, salienta, destacando que a entidade está propondo uma modificação nessa lei de licenciamento ambiental para que essas lacunas sejam fechadas e os técnicos tenham segurança em fazer essa aprovação. “Estamos conversando com a Prefeitura, com o Estado. Conseguimos destravar poucos projetos, mas isso precisa ser ampliado de forma sistêmica. Fica difícil trabalhar projeto por projeto, empresa por empresa”.

Outra questão, segundo o presidente da Ademi-AM, é a do aumento do preço dos insumos, o que resultou na criação de uma Diretoria especifica na Ademi para acompanhar o tema.

Otimismo para o mercado imobiliário local

Na avaliação de Albano Neto, tanto a questão do licenciamento quanto a do preços dos insumos serão superadas e o segundo semestre será melhor no Amazonas, com a geração de muitos empregos. “No ano passado, o mercado imobiliário foi campeão em geração de empregos. Temos na prateleira 35 mil empregos para os próximos meses, dependendo apenas de destravar o licenciamento ambiental”.

Diretoria Executiva da Ademi-AM – Biênio (2021/2023)

Presidente – Albano Maximo Neto (Columbia Engenharia)

Vice-presidente – Helio Alexandre (Nova Casa)

Diretor da Comissão da Indústria da Imobiliária (CII) – Henrique Jorge Medina Neto (Vivere)

Diretora Jurídica – Caroline Ribeiro Botelho (Andrade GC)

Diretor da Comissão de Meio Ambiente (CMA) – José Henrique Loureiro Lanna (Mixcon)

Conselheiro – Eduardo Maia Mocarzel (Direcional Engenharia)

Conselheiro – Jorge Luiz de Melo Roldão (Cristal Engenharia)

Conselheiro – Maury do Nascimento Guerreiro (Engeco)

Conselheiro – Ricardo Benzecry (Nort Imóveis)