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AGÊNCIA CBIC

09/08/2019

Entrevista: A prática da SST na construção civil do Pará

Dando continuidade à série SST na Indústria da Construção’ da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o destaque de hoje (09/08) são as práticas de segurança e saúde praticadas na indústria da construção no Pará. Em conversa exclusiva com o CBIC Hoje+, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), Alex Dias Carvalho, destaca os resultados positivos obtidos com a realização da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes na Indústria da Construção (CANPAT Construção) em Belém, de iniciativa da CPRT/CBIC e realizada juntamente com o Sesi Nacional e a fiscalização do trabalho.

Ressalta também a importância da adoção da cultura de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais no setor da construção e as ações desenvolvidas pelo Sinduscon-PA na área de SST, que reforçam às empresas locais que investir em segurança e saúde no trabalho não é custo, mas investimento.

Alex Carvalho, que também é vice-presidente da Região Norte da CBIC, aborda ainda a receptividade das empresas locais às ações do Sinduscon-PA na área de SST e de bem-estar do trabalhador e o relacionamento entre os empresários do setor da construção e a Fiscalização do Trabalho no Estado. Veja, abaixo, trechos da entrevista.

Para acompanhar a série ‘SST na Indústria da Construção’ e conhecer as iniciativas que a construção civil e o mercado imobiliário vêm desenvolvendo ao logo dos anos para o bem-estar dos seus trabalhadores, acesse a área da CPRT/CBIC, no ícone Acervo – Série – SST na Indústria da Construção.

Na série, empresários, especialistas e técnicos em SST, membros da Academia, do Poder Público e profissionais do setor da construção demonstram – por meio de matérias, artigos e entrevistas – a importância das ações de segurança e saúde na formação tanto de empregadores quanto de trabalhadores.

Se você conhece boas iniciativas em SST no setor da construção, a exemplo das que serão divulgadas na série, compartilhe com a CPRT/CBIC para que elas também possam ser disseminadas nacionalmente.

 

CBIC Hoje+: Em 2018, o Pará recebeu a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes na Indústria da Construção (CANPAT Construção). De iniciativa da CBIC, por meio da sua Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) e realizada juntamente com o Sesi Nacional e o governo federal, é possível afirmar que CANPAT Construção promoveu avanços na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) no Pará? Quais?

Alex Dias Carvalho: O expressivo número de participantes que tivemos quando da realização do evento já foi para nós um grande indicador dos resultados positivos que poderíamos obter. Primeiramente pelo reconhecimento do setor da necessidade de se melhorar as suas práticas preventivas, mas, além disso, pudemos nos deparar com números alarmantes que colocam o Estado do Pará em um patamar crítico no que se refere à informalidade e aos índices de acidentes do trabalho. Por tudo isso, podemos afirmar, sem receio algum, que a CANPAT Construção realizada em fevereiro de 2018, no Pará, foi um marco para o nosso setor.

 

C.H.+: Qual a importância da adoção da cultura de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais no setor da construção? As campanhas de prevenção de acidentes realizadas pela CBIC e pelo Sinduscon-PA têm ajudado as empresas na prática dessa cultura? Cite exemplos do Pará.

A.D.C.: “Prevenir é sempre melhor que remediar”, quem nunca ouviu esta máxima? Pois bem, o setor da construção lida diariamente com muitas pessoas que pela característica do exercício laboral estão expostas a situações de risco. Não há o que se duvidar da importância de se fazer análises preliminares, inspeções e avaliações que possam mapear essas condições e atribuir a cada uma delas uma medida mitigadora. Empresas que adotam tais procedimentos rotineiramente não somente garantem melhor condição de preservar a vida dos trabalhadores, mas, também, o bem-estar e a percepção do valor que eles representam para as corporações que trabalham.

Com a disseminação das campanhas de prevenção de acidentes de trabalho, os índices de acidentes vêm caindo no setor formal, o problema ainda reside naqueles que trabalham na informalidade. Esse tem sido um “calcanhar de Aquiles” para o qual temos tido um olhar bastante atento no sentido de reduzir o índice de informalidade no nosso Estado.

 

C.H.+: Que ações o Sinduscon-PA tem desenvolvido na área de SST para reforçar às empresas paraenses que investir em segurança e saúde no trabalho não é custo, mas investimento?

A.D.C.: De lá para cá, muitas ações foram realizadas, como ações de seguimento à CANPAT, dentre elas destaco: convênio com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA) de modo a promover nos canteiros de obras, palestras educativas sobre Segurança e Saúde no Trabalho (SST), por meio de uma ação continuada que temos, chamada “Construção Saudável”. Mais de 20 canteiros já foram visitados em menos de um ano, alcançando mais de 1.300 trabalhadores.

 

C.H.+: Qual a receptividade das empresas às ações do Sinduscon-PA na área de SST e de bem-estar do trabalhador local?

A.D.C.: Temos recebido muitos pedidos de empresas associadas para que o projeto “Construção Saudável” vá até seus canteiros de obras e estamos atendendo dentro da nossa capacidade. O importante é a percepção nítida de que cada vez mais o nosso serviço tem sido demandado. Ao longo de 12 anos de existência, esse projeto já levou palestras socioeducativas a mais de 50 mil trabalhadores do setor da construção, o que muito nos orgulha!

 

C.H.+: Como é o relacionamento da Fiscalização do Trabalho com os empresários do setor da construção no Estado? Há um ‘canal de diálogo’ aberto? Funciona?

A.D.C.: Tivemos significativos avanços na relação institucional com a SRTE. Isso demonstra que o objetivo principal não deve ser punitivo, mas, sim, educativo. Aos poucos, esse pensamento irá permear todos os níveis dos órgãos de fiscalização e, assim, poderemos crer numa relação mais próxima e com resultados bem mais satisfatórios para todos.

 

C.H.+: Na sua opinião, o que ainda precisa ser feito para que os índices de acidentes da indústria da construção continuem caindo e para que as iniciativas do setor sejam mais divulgadas?

A.D.C.: Redução dos encargos sobre a folha de pagamento. Esse seria um simples modo das empresas terem capacidade de investir mais em SST, não por uma obrigação, mas por convicção do bom investimento que é.

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