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AGÊNCIA CBIC

13/10/2011

A CNI vê risco de inflação alta

"Cbic"
13/10/2011 :: Edição  196

 

Jornal O Estado de S. Paulo/BR 12/10/2011
 

A CNI vê risco de inflação alta

Inflação alta, produção em ritmo lento e gasto federal em rápida expansão compõem o cenário traçado para 2012 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em seu novo Informe Conjuntural, divulgado nessa terça-feira. Será difícil conduzir a inflação ao centro da metade 4,5%, no próximo ano, e isso dependerá principalmente de uma política fiscal mais austera, mas não há sinal dessa política, segundo o documento.Os órgãos de representação da indústria têm defendido a redução dos juros básicos pelo Banco Central (BC). A taxa básica foi cortada em 31 de agosto e novos cortes deverão ocorrer, segundo projeções do setor financeiro e dos meios empresariais.No entanto,os economistas da CNI parecem menos confiantes agora quanto ao acerto da nova política monetária.
 Em nenhum momento a criticam, em sua análise, mas demonstram insegurança quanto aos pressupostos alegados pelo governo para defender o afrouxamento da política de juros.
 Ao anunciar o corte da taxa básica,o BC apresentou suas razões para tomar a decisão: a economia brasileira já perde impulso, a inflação começa a recuar, o crescimento internacional será muito lento, mesmo sem recessão, os preços dos produtos básicos tendem a cair e o governo continuará a dotando uma política fiscal prudente.Com isso, será possível abrandar a política monetária, porque a gestão das contas públicas facilitará o controle da inflação.O relatório endossa apenas parte dessas avaliações e é muito menos otimista quanto à evolução dos preços.
 A CNI reduz de 3,8% para 2,2% sua projeção de crescimento do produto industrial e, na sua avaliação, esse resultado dependerá em boa parte da mineração, da construção civil e dos serviços de utilidade pública. A indústria de transformação deve crescera penas 1,2%.A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foireestimadade3,8%para3,4% e será puxada principalmente pelo aumento do consumo privado (4,5%) e do consumo do governo (3%).
 Além disso, o relatório chama a atenção para um ponto especialmente importante e nem sempre valorizado pelos economistas do governo: a produção tem perdido vigor,em parte por causada concorrência estrangeira, mas a demanda interna continua forte. Por isso, o comércio cresceu mais velozmente que o PIB nos últimos quatro trimestres e essa tendência provavelmente se manterá.Além disso,o setor de serviços, livre dos efeitos da competição estrangeira, segue a evolução da renda e do crédito oferecido ao consumidor nacional.
 Ainda ontem, novas informações do IBGE apontaram na mesma direção da análise publicada pela CNI.
 Em agosto,o emprego industrial foi 0,4% maior que em julho. A folha de pagamento real foi 3,3% maior que a do mês anterior e 7,1% maior que a de um ano antes. Apesar das dificuldades, o próprio setor industrial continua contratando e expandindo a folha de salários. A mesma tendência tem sido observada em outros segmentos da economia.
 A piora do cenário internacional deverá afetar o Brasil, mas a deterioração das condições externas será menor do que foi em 2008. Os investimentos diretos continuarão sustentando o déficit nas transações correntes do balanço de pagamentos e, além disso, não deve ocorrer uma grande queda nos preços das commodities,pois haverá restrições de oferta (provavelmente, uma referência a dificuldades de vários produtores agrícolas importantes).Do setor externo, portanto, dificilmente virá uma pressão desinflacionária tão importante quanto a prevista pelo pessoal do BC.
 Apesar disso, segundo a CNI, novos cortes deverão baixar a taxa básica de12% para 11% neste ano. Com os consumidores ainda cacifados e o quadro internacional menos assustador do que projeta o BC, cresce o papel da política fiscal no combate à inflação. Mas o gasto público voltou a crescer mais do que o PIBeem2012asdespesasprimárias aumentarão 14,5% em relação ao valor esperado para 2011.
 Além disso, o salário mínimo embutido na proposta orçamentária está subestimado, segundo a Confederação Nacional da Indústria, porque a inflação deve chegar a 6,5% no fim deste ano e não aos 5,7% usados no cálculo.É bom dar atenção a essas avaliações.
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 Estudo aponta demanda ainda vigorosa e novo surto de expansão do gasto público em 2012

"Cbic"

 

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