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AGÊNCIA CBIC

20/05/2011

A busca para elevar o nível de qualidade

"Cbic"
 
20/05/2011 :: Edição 102

Jornal DCI Online/BR – 20/05/2011

a busca para elevar o nível de qualidade

O Brasil dá pistas de que está entrando em um caminho sem volta no que se
refere à qualificação dos profissionais e das empresas. Até mesmo em setores
onde – até bem pouco tempo – os conceitos sobre qualidade eram vistos como
perfumaria, hoje ocorre não apenas a adesão como a fiscalização por parte das
próprias empresas, que buscam apontar dentro do segmento fabricantes e serviços
não-conformes. O objetivo é um só: elevar o nível da oferta isolando
fabricantes e prestadores que, sob o argumento do baixo preço, oferecem
qualquer coisa e fomentam uma concorrência desleal. – Mas como se destacar em
um mercado crescente onde ávidas por pegar sua fatia do bolo, empresas se
acotovelam e colocam na vitrine qualquer coisa? Como chamar a atenção do
comprador sobre o seu produto ou serviço em um oceano vermelho, onde há
produtos commodity e de baixa qualidade?

Preço não é mais resposta. Qualidade, tecnologia, e uma consistente proposta
de valor são argumentos mais concretos para essa questão. E para imputar
valores a seus produtos criando um patamar elevado, fabricantes concorrentes se
unem para ditar novas regras e promovem a separação do joio e do trigo na
indústria, educando o consumidor, oferecendo diretrizes para que ele entenda o
que deve ser observado antes de eleger uma marca. E essas empresas estão
cobertas de razão: as organizações dependem de seus clientes e, portanto, devem
criar ferramentas para entender as necessidades atuais e futuras dessa demanda,
além de se esforçarem para exceder as expectativas e mostrar que é a relação
custo-benefício que deve ser levada em conta em detrimento da relação
custo-custo.

Mas para se chegar a esse ponto, as empresas terão de enfrentar o problema de
frente: para sanear o mercado não há outra solução que não a denúncia das
marcas barbantes. Essa iniciativa deve partir de quem trabalha dentro das
normas, buscando a qualidade. O Ministério Público deve ser acionado por
aqueles que desejam continuar a fazer o correto, para que os aventureiros sejam
penalizados e banidos do segmento.

Amplificando a competitividade, a empresa também estará incrementando suas
possibilidades de ganho. Lucro mesmo. O que muitas vezes se confunde é
justamente isso: o fato de uma companhia se tornar socialmente ou
ambientalmente responsável não a torna altruísta. Trata-se apenas de uma
maneira salutar e viável de se obter compensação financeira, com dividendos
para todos os envolvidos na cadeia.

Entre os elementos imprescindíveis para que se promova a qualidade está a
mão de obra. São esses recursos humanos as principais engrenagens de manutenção
de um sistema de gerenciamento qualidade. Porém, a falta de investimentos em
capacitação, dificulta a contratação de funcionários em 67% das empresas
brasileiras, segundo levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral, que
mostra que as companhias não conseguem suprir a demanda em curto prazo. De
acordo com a pesquisa, a indústria da
construção
e o setor de bens de consumo são os que têm maior percentual
de empresas com dificuldade para recrutar: respectivamente 88% e 80%.

E são justamente setores que registram as maiores taxas de crescimento, os
mais vitimados pela falta de qualificação de pessoal. Em 2011, a construção civil espera crescer 6%,
segundo o presidente da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção Civil
(Cbic), Paulo Safady.
Isso significa que a escassez de bons profissionais nessa área também tende a
crescer, caso as indústrias que integram o setor não se mobilizem para mudar
essa realidade.

Trata-se
de um efeito dominó que começa dentro – por exemplo – da própria construtora,
que requer engenheiros mais bem preparados. Esses engenheiros vão recrutar
mestres de obras com mais know-how que, por sua vez, vão exigir pintores,
azulejistas, pedreiros, encanadores e eletricistas mais capacitados. O que não
deve ser esquecido é que a situação em segmentos como a construção civil é emergencial. Portanto, para suprir esse
déficit, não há como contar com programas governamentais e escolas técnicas.
Interessados nas contratações de colaboradores capacitados devem colocar a mão
na massa e qualificar. Foi o que a Associação Brasileira dos Fabricantes de
Tintas (Abrafati) fez, realizando o Programa Pintor Profissional, que tem 5 mil
participantes e 2 mil pintores. Iniciativa é praticada individualmente por
fabricantes de tintas que, cientes da boa performance dos produtos, investem na
capacitação de profissionais criando uma rede positiva a favor da qualidade
total.



"Cbic"

 

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