CBIC debate geração de emprego e FGTS com ministro do Trabalho

Informalidade e sustentabilidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foram temas de audiência da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nesta quarta-feira (20), em Brasília.

Renato Correia, presidente da CBIC, destacou a importância do FGTS como patrimônio do trabalhador e fonte de financiamento de habitação e saneamento. “Levamos uma pauta extensa ao ministro para fazermos o setor avançar e reforçamos a essência do FGTS enquanto patrimônio e segurança do trabalhador, além de sua missão de fundo de investimento. O ministro está convergente com as pautas e reconhece a importância do Fundo para o país”, contou.

O presidente da entidade ainda reforçou a necessidade de ações conjuntas entre os setores público e privado para reduzir a informalidade na construção, um dos principais gargalos do setor. Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, abordou a necessidade de alternativas para driblar a carência de mão de obra e a capacitação de trabalhadores.

“Ouvimos do ministro que informalidade e carência de profissionais são inquietações importantes e que precisam de soluções conjuntas. Inclusive, houve a sugestão de montarmos um grupo de trabalho para construirmos saídas para esses obstáculos”, disse.

Imóveis secundários
A CBIC ainda demonstrou, ao ministro, a preocupação do setor com a concessão de subsídios a imóveis usados no programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo Correia, nos últimos meses foi registrado aumento considerável na contratação de usados em detrimento aos novos. Para o presidente da CBIC, fomentar a construção de imóveis novos estimula a oferta de vagas de trabalho e contribui para a elevação da renda das famílias envolvidas nesse processo. “Certamente que os imóveis usados devem ser atendidos, mas precisa ser dosado. Imóvel novo significa geração de emprego e bem-estar para as milhares de famílias da cadeia produtiva do setor. Nosso pleito é para aliarmos a construção com a abertura de postos de trabalho”, afirmou.

Também participaram da audiência o vice-presidente da CBIC Eduardo Aroeira, o representante da entidade no Conselho Curador do FGTS, Elson Póvoa, o coordenador de Relações Institucionais da CBIC, Luis Henrique Cidade, além de técnicos do Ministério.