
AGÊNCIA CBIC
Após três meses de queda, inflação volta a subir em outubro de 2022

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicador oficial da inflação no País, aumentou 0,59% em novembro, em relação ao mês anterior. A elevação ocorre após três quedas consecutivas: julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%).
Nos primeiros 10 meses de 2022 o IPCA acumulou uma alta de 4,70% e, nos últimos 12 meses, 6,47%. “Essa foi a menor inflação acumulada em 12 meses desde março/2021 (6,10%)”, destaca a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, ao ressaltar que a variação do indicador foi a menor, para um mês de outubro, desde 2019 (0,10%).
Compõem o IPCA/IBGE o grupo alimentação e bebidas que, em outubro aumentou 0,72%, habitação (+0,34%), artigos de residência (+0,39%), vestuário (+1,22%), transportes (+0,58%), saúde e cuidados pessoais (+1,16%), despesas pessoais (+0,57%), educação (+0,18%) e comunicação (-0,48%). Dos nove grupos componentes do indicador, oito apresentaram elevações em outubro.
No mês, a maior contribuição para a alta do IPCA, conforme informado pelo IBGE, foi do grupo Alimentação que, depois de cair 0,51% em setembro, aumentou 0,72% em outubro. A alimentação no domicílio (0,80%) contribuiu para esse resultado, com altas de 23,36% da batata inglesa e de 17,63% do tomate. Também contribuíram especialmente para o resultado do IPCA os itens Saúde e cuidados pessoais (1,16%) e Transportes (0,58%). Esses três grupos, de acordo com o IBGE, responderam por cerca de 73% do IPCA de outubro.
Além disso, segundo a Pesquisa Focus semanal do Banco Central, divulgada no último dia 4 de novembro, o IPCA encerrará 2022 em 5,63%. “Apesar desse número ser superior ao teto da meta inflacionária para o ano (5%) a sua projeção já chegou a ser de 9%. Para 2023, a pesquisa Focus estima alta de 4,94% para a inflação brasileira, frisou Vasconcelos.
(Imagem: Blog da Pontte)