
AGÊNCIA CBIC
Especialistas avaliam cenário eleitoral durante o Quintas da CBIC

O Quintas da CBIC desta quinta-feira (18/08) tratou de um tema de extrema importância para o país e o setor da construção que é o Cenário Eleitoral 2022, diante do início das campanhas políticas.
O debate foi conduzido pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. O dirigente reforçou que a entidade tem levado semanalmente a melhor informação possível a toda a audiência do Quintas. “A CBIC traz o tema para municiar as empresas com informações para a tomada de decisão do negócio e do dia a dia, por entender que a construção civil é uma atividade de longo prazo e que aspectos da eleição e dos cenários político e econômico podem influenciar na decisão”, frisou Martins.
Além disso, o dirigente mencionou que tem conversado internamente com os presidentes das entidades associadas sobre a relevância de uma democracia forte e participativa.
O diretor da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, com base na pesquisa da instituição, ressaltou a diferença entre as pesquisas nacionais. “O Bolsonaro teria em torno de 15% no Sul do Brasil pela Paraná Pesquisas e as demais empresas começam a dar uma vantagem pró-Bolsonaro. Na grande maioria, ou estava empatado ou dava uma vantagem para o Lula”, exemplificou.
Segundo Murilo Hidalgo, comparando os resultados regionais, o Bolsonaro vence as eleições de 2022. “A diferença entre Lula e Bolsonaro hoje é de 4 a 7 pontos, no máximo, com viés pró-Bolsonaro”, disse, reforçando que, se a eleição fosse domingo, seria muito equilibrada, com dois turnos e decisão mais a frente.
Na avaliação do cientista político Leonardo Barreto, o Sudeste vai decidir as eleições de 2022.
Para Hidalgo, a eleição no primeiro turno será decidida 75% no Sudeste e 25% no Nordeste. No entanto, acredita que com o início da campanha, nos primeiros dias, quem mais vai crescer são os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
Diante do cenário ainda indefinido, o jornalista e sócio da Torre Comunicação, Marcone Gonçalves, questionou se a pauta dos costumes pode mudar o cenário eleitoral ou se será em torno do auxílio emergencial e a redução da inflação. Para o diretor da Paraná Pesquisas, os debates serão 70% em torno da economia e os 30% restantes em pandemia e costumes.
Para Marcone Gonçalves, “a eleição está acontecendo nos estados, mas ela tem um comando nacional muito importante. Os partidos assumiram importância no controle do processo eleitoral que nunca houve antes. Os deputados federais estão coordenados em nível nacional porque tomar o Congresso é tão importante quanto eleger o presidente”..
Sobre a eleição para o governo de São Paulo, Hidalgo mencionou que “Fernando Haddad (PT) está na frente em todas as pesquisas, seguida por Rodrigo Garcia (PSDB) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicano), mas se o Bolsonaro abrir 10 pontos em São Paulo a tendência é dar Tarcísio Gomes. Se ele cair, a tendência é o Tarcísio Gomes. Ao mesmo tempo, existe uma pequena de Haddad não ir ao segundo turno”, disse.
Além disso, para o diretor Murilo Hidalgo o peso maior sobre o efeito do ICMS no combustível e do auxílio Brasil para o Bolsonaro é mais forte no Nordeste.
O cientista Leonado Barreto, por sua vez ressaltou a correlação de emprego e desemprego pró-Bolsonaro e pró-Lula nos estados, com base na pesquisa do IBGE sobre os indicadores de desemprego,
Perdeu o debate? Ainda dá tempo de assistir no canal oficial da entidade no YouTube. Confira!