
AGÊNCIA CBIC
Expansão de crédito a imóveis e alta de preços
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23/01/2014 |
Estadão.com.br – Últimas notícias Expansão de crédito a imóveis e alta de preços Os financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança aumentaram 33% entre 2012 e 2013, enquanto o número de unidades financiadas passou de 453 mil para quase 530 mil, alta de 17%. A diferença entre os dois porcentuais é explicada, em especial, pela elevação dos preços de imóveis. É uma evidência de que as altas dos preços dos bens – não só de imóveis, mas de automóveis, geladeiras ou computadores, por exemplo – encontram ambiente mais propício quando há fartura de crédito. Mas, no caso do mercado imobiliário, dada a capacidade instalada das empresas, é provável que um aumento da oferta permita certa estabilização de preços. Em 2013 houve dois fatos relevantes no mercado imobiliário: o aumento substancial da oferta de moradias novas na capital e na Grande São Paulo e a quebra de novos recordes no crédito imobiliário, cujo montante atingiu R$ 109,2 bilhões. A fartura de crédito, com recursos provenientes da captação líquida das cadernetas de poupança, de R$ 54,2 bilhões acima das retiradas, em 2013, estimulou a competição e a queda nas taxas de juros do crédito imobiliário. Entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013, enquanto a taxa básica de juros fixada pelo Banco Central aumentava de 7,25% ao ano para 10% ao ano, as taxas de juros cobradas por alguns bancos caíam – de 9,37% para 8,52% ao ano, no Bradesco; de 8,69% para 8,43% ao ano, no Santander; e de 7,89% para 7% ao ano, no Banco do Brasil. Outros elevaram as taxas, mas predominou a concorrência. Para os bancos, o crédito imobiliário é atrativo pois o cliente que paga a prestação tende a usar outros serviços do banco – e isso traz receitas para a instituição. Os dados do sindicato da habitação (Secovi) disponíveis até novembro mostraram o vigor da recuperação do mercado local de moradias. Mas os construtores chegaram a se surpreender com o ritmo de crescimento do crédito. Reportagem de Circe Bonatelli, no Estado de ontem, mostrou que o crescimento da oferta na capital foi mais forte no último trimestre. Mas os empresários ainda temem que o ritmo não se mantenha, num cenário de incertezas macroeconômicas. De fato, o vigor do mercado imobiliário relaciona-se com emprego, renda e baixa inadimplência, além da disponibilidade de crédito. Uma certa estabilização de preços de imóveis é o que de melhor poderá ocorrer, reduzindo os riscos de empreendedores e de mutuários. O Estado de S.Paulo |
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