
AGÊNCIA CBIC
Inadimplência recua para o menor nível em cinco anos
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18/12/2013 |
O Estado de S. Paulo Inadimplência recua para o menor nível em cinco anos No mês passado, a taxa foi de 5%, segundo a associação comercial, e deve fechar o ano abaixo dessa marca, algo inédito Márcia De Chiara Depois do boom de inadimplência do consumidor em 2012, este ano deverá fechar com a menor marca do calote em cinco anos, algo inédito. Em novembro, a taxa de inadimplência líquida e acumulada em 12 meses foi de 5%, o menor resultado da série iniciada em janeiro de 2009, aponta um estudo do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), feito pelo economista Emílio Alfieri. "Para este mês, a perspectiva é que o índice de inadimplência fique abaixo de 5%", prevê. Desde 2009, o resultado mensal da inadimplência nunca tinha ficado abaixo de 5%. Entre os vários índices de calote apurados no varejo, a inadimplência líquida é a medida mais exata, pois ela considera o saldo entre os títulos com pagamento atrasado acima de 30 dias e os renegociados no mês atual, em relação às vendas de três meses anteriores. Só na primeira quinzena deste mês houve um recuo de 5,9% na inadimplência do consumidor em relação a igual período de 2012 e os carnês renegociados diminuíram 1,2%, nas mesmas bases de comparação. "A queda na inadimplência é altamente positiva", observa o superintendente do IEGV, Mareei Solimeo. Ele explica que esse resultado reflete as inúmeras campanhas de renegociação de dívidas realizadas ao longo do ano e o fato de o consumidor ter ficado mais cauteloso, reduzindo a demanda e se endividando menos com compras no varejo, apesar do avanço no crédito imobiliário. Mas, nesse caso, assim como no crédito consignado, o economista ressalta que os índices de inadimplência são muito baixos nessas linhas. Além disso, pesquisas recentes feitas pela ACSP em parceria com o instituto Ipsos mostraram que quase um quarto dos (24,5%) dos consumidores direcionaram os recursos da primeira parcela do 13. 0 salário deste ano para o pagamento de dívidas em atraso. Na avaliação do presidente da ACSP, Rogério Amato, os resultados do varejo e as pesquisas feitas pela entidade mostram que o consumidor está mais precavido, menos inadimplente e poupando mais nos últimos meses. "Isso o habilita a comprar mais em 2014 e com mais segurança", diz Amato. Natal. Mesmo assim, não é esperado nenhuma explosão do consumo para o ano que vem e muito menos para este Natal. Na primeira quinzena deste mês, o número de consultas para vendas à vista e a prazo foi 3,1% maior em relação ao mesmo período de 2012. "Para o Natal esperamos um acréscimo de vendas na cidade de São Paulo da ordem de 3%", prevê Solimeo, destacando que esse número não contempla as vendas feitas nos supermercados. Para o País, no entanto, Solimeo projeta um crescimento ligeiramente maior do varejo, na casa de 3,5%. Segundo o economista, duas regiões registram crescimento maior nas vendas, o que puxa para cima a média do varejo nacional. No CentroOeste, a renda do agronegócio impulsiona as vendas do varejo. Além disso, a Região Nordeste é alvo de forte expansão das grandes redes varejistas. Apesar do cenário de vendas moderadas para o Natal e 2014, com o varejo crescendo a uma taxa que é a metade da registrada em anos recentes, Solimeo lembra que existe riscos advindos de programas do governo de incentivo ao consumo como o "Minha Casa Melhor", no qual o consumidor pode equipar a casa com taxas de juros reduzidas e prazos mais longos. "Tenho medo que o 'Minha Casa Melhor 'vire' Minha Casa,Minha Dívida'", afirma Solimeo. — Natal |
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