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AGÊNCIA CBIC

04/10/2013

Obras têm atraso de 3 até 6 meses

"Cbic"
04/10/2013

Diário do Nordeste

Obras têm atraso de 3 até 6 meses

Apesar do esforço no âmbito municipal, ainda ocorre lentidão na liberação de obras, aponta o Sinduscon-CE

O desenvolvimento da construção civil brasileira vem sendo prejudicado por barreiras burocráticas, mesmo o setor sendo responsável por cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Em Fortaleza, esse problema ainda gera um atraso nas obras que varia de três a seis meses, o que significa mais custos para as empresas e, consequentemente, para os consumidores, apesar do maior esforço recente na desburocratização, no âmbito municipal.

A informação é do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio Ferreira. Ele participou, ontem, da plenária "Principais Barreiras Regulatórias e Burocráticas no Desenvolvimento do Setor Imobiliário Brasileiro", debate que fez parte das atividades do 85º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que termina hoje, no Centro de Eventos do Ceará (CEC), em Fortaleza. "Aqui, o grande problema da burocracia é em termos de licenciamento ambiental. São muitas documentações e exigências que acabam gerando atrasos. É uma bola de neve, algo fora do nosso controle", diz, lembrando da operação "Estoque Zero", da Prefeitura de Fortaleza. A iniciativa, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), busca zerar os processos de alvará de construção pendentes desde a gestão municipal passada, bem como agilizar os novos processos de licenciamento ambiental. "A Prefeitura está tentando chegar ao Estoque Zero. A melhoria já pode ser percebida mas em relação ao que a gente pretende ainda está longe", avalia Sérgio.

Segundo a Seuma, após a maior agilidade nas atividades com a "Estoque Zero", haverá a virtualização dos processos, a capacitação dos profissionais e a atualização das legislações urbanística e ambiental, informa a assessoria de imprensa.

Estudo

Na plenária do Enic, foi apresentado ao público um estudo encomendado por entidades – como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) – à Booz e Company Brasil. Dentre os objetivos do estudo estão: identificar e analisar os principais gargalos burocráticos que afetam o andamento dos empreendimentos imobiliários no Brasil, estimar o impacto total dos gargalos na economia brasileira e propor uma agenda para redesenho e/ou simplificação dos processos administrativos para melhor desenvolvimento da construção civil no segmento imobiliário.

Pesquisa com empresas e instituições do segmento mostra que as dificuldades mais críticas encontram-se no início da cadeia imobiliária, que vai da prospecção e compra do terreno à conclusão e entrega do imóvel.

Os atrasos provocam diferentes impactos para o setor, afetando diretamente os compradores dos imóveis. Os principais impactos identificados pelo estudo são: maior tempo para remuneração do capital investido, custo das empresas incorporadoras para manter equipes encarregadas de gerir o atraso e mudanças no volume de demanda e nas necessidades do mercado – em relação ao tamanho, tipo e localização dos empreendimentos imobiliários- alterando o potencial original do projeto.

Dificuldades

Os custos adicionais das empresas variam de 6% a 19%, dependendo do tipo de projeto, conforme explica o presidente da Cbic, Paulo Safady Simão. "É muito difícil, e quem está pagando tudo isso é o cidadão. Os imóveis estão caros em todo o Brasil devido à burocracia. O setor público evoluiu bastante nos últimos anos, mas existem questões que nos impedem de avançar mais", declara, citando o programa Minha Casa, Minha Vida como exemplo, que já entregou 1,35 milhões unidades habitacionais. Segundo ele, em 60 dias, equipes da Cbic vão a campo para começar a tratar estratégias.

O QUE ELES PENSAM É preciso eficiência na gestão "A palavra custo não existe no dicionário do setor público, e o pior custo é a não realização de um projeto. O País só vai avançar por meio da produtividade, quando tivermos eficiência de gestão. Passar seis, sete anos para executar um empreendimento imobiliário é inadmissível. Só uma mobilização da sociedade civil vai mudar essa realidade. Precisamos trabalhar em várias etapas da cadeia para chegarmos aos resultados".

Jorge Gerdau

Presidente do Grupo Gerdau "O Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, simplificou os processos sem perder a gestão e o acompanhamento deles. Cerca de 2,9 milhões de residências já foram contratadas. Mas, ainda temos de superar processos burocráticos que não ajudam numa dinâmica maior. Empresas, municípios, instituições financeiras, ou seja, todo um conjunto precisa fazer seu dever de casa para que a gente tenha uma agenda propositiva"

José Urbano Duarte

Vice-presidente da Caixa

Caixa já financiou R$ 2,18 bilhões no Ceará em 2013

Fortaleza/São Paulo. Entre janeiro e setembro deste ano, a Caixa Econômica Federal já concedeu R$ 2,18 bilhões em crédito imobiliário no Ceará, o que representa um crescimento de 67,7% em relação a igual período de 2012. Até o mês passado, mais de 34 mil contratos foram assinados no Estado, o que dá uma média de 136 financiamentos imobiliários feitos com a Caixa por dia no Ceará.

No Brasil, a Caixa já concedeu R$ 100,1 bilhões em crédito imobiliário nos nove primeiros meses de 2013, alta de 35,4% sobre igual período de 2012. O montante corresponde a 94% do total do crédito imobiliário executado pela instituição no ano passado. Segundo divulgou o banco estatal, a expectativa é que até o fim do ano os financiamentos imobiliários somem mais de R$ 130 bilhões.

Do total contratado até setembro, R$ 59,6 bilhões foram destinados aos financiamentos para aquisição ou construção de imóveis por pessoas físicas e R$ 40,4 bilhões foram direcionados para financiar a produção de empreendimentos.

Os imóveis novos correspondem a 64% do total de crédito imobiliário concedido nos primeiros nove meses, disse a Caixa. A participação do financiamento à produção tem crescido nos últimos anos, passando de 14% do total em 2007 para 40% neste ano, segundo comunicado da empresa.

Segundo a Caixa, a idade dos tomadores tem decrescido nos últimos anos. O total da carteira tem 44% dos clientes com menos de 35 anos de idade, enquanto, nos contratos assinados exclusivamente em 2013, esse percentual é de 57%. Os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) corresponderam a R$ 33,1 bilhões, enquanto R$ 45,3 bilhões foram provenientes do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e R$ 14,1 bilhões do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial).

Valor

Na última segunda-feira, o governo anunciou a elevação de R$ 500 mil para R$ 750 mil o valor máximo dos imóveis que o trabalhador pode comprar utilizando seu saldo do FGTS.

RAONE SARAIVA
REPÓRTER
 
 

 



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