
AGÊNCIA CBIC
Velocidade de vendas de imóveis aumenta, mas 2013 será de acomodação
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24/09/2013 |
Jornal do Commercio Online Velocidade de vendas de imóveis aumenta, mas 2013 será de acomodação MERCADO IMOBILIÁRIO Índice medido pela Fiepe aponta bons resultados em agosto, porém altas referências de anos anteriores mantém cenário de acomodação O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) do mercado imobiliário da Região Metropolitana do Recife ficou em 12,4% em agosto, interrompendo uma tendência de queda iniciada em abril. Empresários e especialistas apontam que 2013 deve terminar positivo, embora admitam que esse deve ficar mesmo marcado como um ano de acomodação. Principal peso do índice geral, o IVV residencial de agosto fez que a média dos primeiros nove meses do ano ficasse em 11,2%. O percentual é menor do que os registrados entre 2010 e 2012, apesar de estar acima dos demais anos da série medida nesse levantamento, que se inicia em 2002 (veja quadro). Já para imóveis comerciais, a média do acumulado do ano é a mais baixa desde 2006, indicando uma desaceleração mais forte do que no segmento habitacional. Infográfico ampliar Vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PE), José Antônio Simon lembra que as referências do mercado estavam altas a partir de 2010. Em 2012, a quantidade de lançamentos, por exemplo, teve um recorde de 8.051 unidades lançadas naquele ano. Já entre janeiro a agosto desse ano, foram 4.953, 61% do realizado em 2012. Além disso, assim como vem ocorrendo nos últimos meses, a retração dos novos imóveis não segurou o aumento do estoque – imóveis já lançados e ainda não vendidos -, que cresceu 34%. "A partir do próximo ano, com lançamentos importantes e movimentação na economia vinda dos grandes investimentos, deveremos ter um reaquecimento", comenta o conselheiro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-PE), Petrus Mendonça. Um dos números do levantamento de agosto mostra esta ebulição. Entre janeiro e agosto, considerando apenas o mercado imobiliário – ou seja, sem considerar grandes obras como a da Refinaria Abreu e Lima – 12,4 mil pessoas estavam empregadas em construtoras e incoporadoras, o maior volume para o período nos últimos 10 anos. Dentro desse aquecimento, se destacam as áreas fora do Recife, como lembra Simon. Em São Lourenço da Mata, o IVV foi de 22,4%, o mais alto entre as áreas pesquisadas. Para o vice-presidente do Sinduscon, o avanço do setor da construção civil na área habitacional é sustentável. "O setor está, como deve ser, cada vez mais dependente da política habitacional do governo e das taxas de juros atraentes. É um mercado que não pode depender do capital das construtoras, como era nos anos 90", avalia. Para ele, mesmo com a acomodação, 2013 deverá terminar com resultado ligeiramente melhor do que 2012, que fechou com 7.254 unidades vendidas. O que, de acordo com os números do IVV, só será possível se a média mensal de vendas ficar um pouco maior do que o foi realizado até agora, de 555 habitações mensais. O IVV é medido pela Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas (UEP) da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). Segundo informações da UEP, o valor de R$ 5,2 mil por metro quadrado ainda não pode ser tomado como referência, uma vez que a coleta desse dado é recente e não comparações adequadas além do resultado de julho, que foi 4,4% menor. Índice de Velocidade de Vendas de imóveis da Região Metropolitana do Recife, de agosto de 2013 from redacaojornaldocommercio
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