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AGÊNCIA CBIC

03/09/2013

Investimentos devem saltar com as concessões, diz BNDES

"Cbic"
03/09/2013

Brasil Econômico

Investimentos devem saltar com as concessões, diz BNDES

Projeções do banco indicam crescimento rápido da Formação Bruta de Capital Fixo após a rodada de licitações

Gustavo Machado 

 As concessões de infraestrutura, que começam a sair a partir deste mês, devem garantir o crescimento da taxa de investimentos nos próximos anos, avalia Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já neste ano, garante, as licitações serão responsáveis por alçar a poupança interna ao pamatar de 19,2% do Produto Interno Bruto. Vê também nas concessões um importante combustível para recuperar a confiança do empresariado.

Segundo dados do BNDES, apresentados ontem em evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, entre os anos de 2014 e 2017, serão investidos em infraestrutura, indústria, agricultura e construção civil R$ 3,8 trilhões. Entre 2009 e 2012, esta conta somou R$ 3 trilhões. No entanto, este crescimento de 25,4%, sem as concessões cai para menos de 12%. Isso por que, no período, entrarão na conta de investimentos entre R$ 45 bilhões e R$ 50 bilhões anualmente via concessionárias de infraestrutura logística e de energia.

Para 2018, quando a presidente Dilma Rousseff encerraria um possível segundo mandato, a taxa de investimentos no Produto Interno Bruto (PIB) alcançará 22,2%. A previsão do BNDES para este ano é queestataxafiqueeml9,2%. "De acordo com a quantidade de consultas que temos recebidos, sabemos que os investimentos se estabilizarão em um patamar elevado", afirmou Coutinho.

O calendário das concessões começa com os leilões de dois lotes de rodovias, daqui a duas semanas. Em outubro, os aeroportos de Galeão e Confins também serão licitados. Depois, em dezembro, começa a rodada dos arrendamentos portuários. Apenas as ferrovias, com problemas no modelo econômico, ainda estão travadas.

O governo federal entende que, caso a sua principal aposta para o ano seja bem sucedida, o empresariado tambpem voltará a confiar em sua equipe econômica, principalmente no Ministro da Fazenda, Guido Mantega. Sem elas, não só a confiança fica em xeque, mas também as projeções do governo para a Formação Bruta de Capital Fixo serão revistas para baixo.

Alguns problemas devem ser enfrentados para chegar a este patamar, alerta Luciano Coutinho, presidente do BNDES. Um mercado privado de juros de longo prazo precisa ser desenvolvido para financiar estes investimento. Ele diz que o governo está trabalhando para desenvolver este mercado, mas que ainda está longe de ser implementado. "Precisamos de uma fórmula para conciliar as taxas de juros com as taxas de retorno. O setor bancário privado terá de cooperar com o público para financiar estes investimentos", disse Coutinho.

Além dos problemas financeiros, outros de ordem prática também precisam ser resolvidos. Empresas interessadas nas concessões ferroviárias ainda não estão satisfeitas com o modelo apresentado para as concessões de doze linhas, cujas licitações deverão ser feitas até março de 2014. Os primeiros lotes estão marcados para novembro.

Apesar da garantia de demanda por meio da empresa estatal Valec, as companhias não estão satisfeitas com a taxa de retorno proposta pelo governo federal. O Ministério da Fazenda, no entanto, não abrirá mão de determinar esta taxa, o que desagrada as companhias. Durante o encontro, empresários comentavam sobre o modelo. "Porque não fazem como o governo de São Paulo?", indagou um deles.

O insucesso da licitação do Trem de Alta Velocidade (TAV) também serve de parâmetro para os leilões ferroviários. Os diversos problemas, que vão desde o modelo econômico, às participantes do leilão, deixam os empresários com um pé atrás. A participação de Siemens e Alstom em dois dos consórcios tidos como favoritos para levar a conta do TAV respingou nas concessões de ferrovias.

Luciano Coutinho, no entanto, garante que a rodada de concessões acontecerá. "Estamos criando um modelo de compartilhamento de riscos, para que até partes não seguráveis dos projetos estejam garantidas.", comentou o presidente do BNDES.

Ele aproveitou a oportunidade para convencer os empresários presentes de que as licitações já têm sucesso garantido. Contou que representantes do BNDES, outros bancos federais, e a Fazenda se reuniram com possíveis concessionários para reduzir os riscos de fracasso. A preocupação atual é com as rodovias, que já tiveram a licitação de um lote adiada. "Nós já ultrapassamos a fase de modelagem, e a concretização das iniciativas estão em vias de se transformar em realidade."

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"A Formação Bruta   de Capital Fixo se   estabilizará em   um patamar alto.   Esperamos ultrapassar   os 19% do PIB este ano   com as concessões   como elementro chave   deste processo"   

 Luciano Coutinho  

 Presidente do BNDES

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 "Se pensarmos no longo   prazo, sabemos que a   economia brasileira   passará para um outro   patamar qualitativo. O   sucesso dos leilões nos   dará a tranqüilidade de   saber que a economia   está mais robusta "   

 Luciano Coutinho  

 Presidente do BNDES 

 



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