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AGÊNCIA CBIC

07/08/2013

Métricas da sustentabilidade na construção civil

"Cbic"
07/08/2013

Bahia Notícias

Métricas da sustentabilidade na construção civil

Diariamente somos apresentados a produtos e serviços "verdes", rotulados como “sustentáveis". Como forma de auditar e frear a vulgarização e o uso indevido do conceito, as métricas da sustentabilidade entram em cena para quantificar, valorar e separar os resultados concretos e tangíveis, daqueles produtos e serviços duvidosos, ditos sustentáveis, que abundam na economia global.

Atualmente, cada país europeu, além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong Kong, possui sistemas de avaliação para garantir a sustentabilidade na construção. Em Rizhao, cidade costeira chinesa de 3 milhões de habitantes, 90% de todas as residências usam aquecedores de água e painéis solares alimentam a iluminação pública.

Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, faz parcerias com o empresariado para transforma-la uma "cidade sustentável ” ciente que as corporações geram 60% do PIB global e 70% dos empregos do mundo e detêm o poder de acelerar o processo de mudanças rumo ao desenvolvimento sustentável. Em NY, parcerias público-privadas investem em redução das emissões de carbono e eficiência energética, inovando na construção e na operação de prédios, no transporte e na energia renovável.

Como Bloomberg, o prefeito da Cidade do Salvador, ACM Neto, ao firmar compromisso público com o programa Cidades Sustentáveis na Federação das Indústrias da Bahia, entende que as métricas da sustentabilidade também influenciam na evolução no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e tem na prata da casa alguns exemplos a serem mostrados.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado da Bahia (Sinduscon) é um desses exemplos. Sabendo que o custo de uso e operação de um edifício (devido ao consumo de água e energia) é 80% do custo global, aplica métricas da sustentabilidade na construção da sua nova sede, traduzindo conceitos em ações concretas – mensuráveis. A nova sede/laboratório/escola do Sinduscon, enfrentando o elevado peso do pioneirismo, foca na economicidade estimulando a preservação de recursos naturais, reduzindo em 73% as necessidades energéticas conjuntas para iluminação e ar condicionado, baixando os custos operacionais da edificação e aumentando a avaliação do imóvel.

O arrojado projeto observa, dentre muitos detalhes, as exigências de eficiência energética da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que estabelecem desempenho térmico de edificações dentro de um zoneamento bioclimático brasileiro. A renovação do ar e o ar condicionado a gás natural reduzem o consumo de energia elétrica em até 91%, produzindo simultaneamente água quente. Lâmpadas (LED) são alimentadas por placas fotovoltaicas e geradores eólicos. O reuso de água ajuda na redução de 75% de consumo de água potável.

Enquanto a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) pede mudanças na lei de licitação para estimular a sustentabilidade, a nova sede do Sinduscon marca a história da construção civil na Bahia e precisa ser mostrada no cenário internacional, como fazem suas congêneres em cidades do mundo que competem na atração de investimentos “vendendo-se” como referências em tecnologias verdes.

Numa economia globalizada, ligada por redes virtuais que operam na velocidade do “click” no computador, inovações usadas em uma parte do mundo podem ser transferidas para qualquer outra através das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), conjunto de recursos tecnológicos utilizados de forma integrada.

Métricas da sustentabilidade, impulsionadas por TICs, são foco do concorrido “Wall Street Green Trade Summit” que acontece anualmente ao redor da poderosa Bolsa de Valores de Nova Iorque, reunindo governos, bancos, empresas, fundos de investimentos, institutos de pesquisa e sociedade civil para apresentação de casos de sucesso que aproveitam as novas oportunidades da economia verde. O potencial de desenvolvimento sustentado dos municípios na área de influência da charmosa Baía-de-Todos-os-Santos, somado a competência do Sinduscon, mais a vontade política, podem ser mostrados ao mundo – lá.
* Eduardo Athayde é diretor do WWI-Worldwatch Institute no Brasil.

 



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