
AGÊNCIA CBIC
Importação mais barata em 100 itens
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02/08/2013 |
O Globo Importação mais barata em 100 itens Com alta do dólar, governo corta imposto para indústria, evitando inflação com repasse de custos Martha Beck e CRISTIANE BONFANTI O governo federal anunciou ontem a redução do Imposto de Importação para uma lista de cem insumos utilizados pela indústria de transformação. Destinados à fabricação de produtos como vidros, pneus, papel, derivados de petróleo, calçados, tijolos e cabos, essas matérias-primas terão a alíquota reduzida de cerca de 25% para um patamar entre 8% e 12%, a partir de outubro. O objetivo é baratear esses itens e evitar que eles pressionem a inflação, que hoje está próxima do teto da meta de 6,5% fixada para 2013. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que há outra lista com mais cem insumos cujo imposto poderia ser elevado, devido a um acordo com o Mercosul, mas o governo decidiu manter as alíquotas. Diante da forte alta do dólar, hoje em tomo de RS 2,30, a preocupação da equipe econômica é com o encarecimento das importações para as empresas brasileiras, que ameaçam repassar o custo para os consumidores. Mantega apostou que deverá haver queda nos preços, mas fez questão de frisar que a inflação está sob controle: A tendência dessa medida é deflacionária, para reduzir preços. Ou as indústrias que produzem no Brasil baixam preço ou haverá concorrência internacional. MUDANÇA DE REALIDADE CAMBIAL Ele explicou que, no ano passado, o governo elevou o Imposto de Importação dessa lista de cem insumos para proteger os fabricantes nacionais, que estavam "sofrendo forte assédio de importações" Agora, ressaltou, a realidade cambial mudou e o patamar mais elevado das tarifas, que terminaria em setembro, não será mantido. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, disse que não há como garantir queda de preços. Mas considerou que, no mínimo, a medida evitará um aumento nos valores cobrados dos consumidores: Ao reduzir o imposto de materiais como aço, vidro, azulejo, alumínio, o preço internacional vai ser referência para o mercado interno e, no mínimo, vai evitar a elevação de preços.
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