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AGÊNCIA CBIC

03/07/2013

Indústria cai 2% e compromete o PIB

"Cbic"
03/07/2013

Correio Braziliense/BR

Indústria cai 2% e compromete o PIB

DIEGO AMORIM
Queda generalizada da produção em maio frustra expectativas de retomada da economia e
 complica a tarefa do Banco Central de controlar a inflação por meio do aumento de juros.   
 Durou pouco o suspiro da indústria. Após o governo comemorar os dados de abril e, a partir deles, vislumbrar uma retomada na produção, os números divulgados ontem confirmaram a dificuldade do setor em engatar um ciclo de aceleração sustentável. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou recuo de 2% da atividade industrial em maio, ante o mês anterior. O desempenho, bem abaixo do esperado pelo mercado, foi o mais fraco desde fevereiro.
 O freio generalizado na produção atingiu 20 dos 27 ramos pesquisados. As indústrias de alimentos (-4,4%), de máquinas e equipamentos (-5%) e de veículos automotores (-2,9%) responderam pelas principais influências negativas. Embora o resultado tenha sido 1,4% superior ao registrado no mesmo período de 2012, o cenário preocupa, porque a atividade reverteu o ganho de 1,9% do mês anterior, num momento em que não há estímulos para o setor dar a volta por cima.
 Não bastassem os desafios diante da invasão de produtos importados e da exportação arrefecida pela desaceleração do mercado externo, a indústria brasileira sentiu o baque de uma inadimplência resistente e do endividamento recorde das famílias. Sem demanda suficiente, houve uma formação indesejada de estoques, e o setor precisou compensar reduzindo a produção, avaliou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Luiz Macedo.
 A pisada no freio inverteu uma tendência positiva, reforçou a volatilidade do ritmo do parque fabril e tornou ainda mais pessimistas as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 na semana passada, o mercado apostava que a economia não deverá crescer mais do que 2,4% neste ano. Com um peso importante na composição do indicador de crescimento do país, a indústria não poderá contar com o consumo das famílias, que se mostra cada vez mais adormecido. A produção de eletrodomésticos da linha branca, que despencou 9,7% frente ao mesmo mês de 2012, ilustra bem esse movimento.
 O resultado traçado pelo IBGE reflete o aumento dos riscos associados à economia brasileira, na opinião do economista Flávio Combat, da Concórdia Corretora, o que levou os industriais a adiarem e a cancelarem investimentos. O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha, confirmou o desânimo e disse que não há sinais de recuperação. Ficamos para trás mesmo, lamentou.
 Além de deixar claro que a indústria segue um inquietante padrão de gangorra, os indicadores de maio tornaram mais complicada a dosagem da política monetária no controle da inflação, acrescentou o economista-chefe do Banco Espírito Santo no Brasil, Jankiel Santos. Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá para definir a taxa básica de juros (Selic) que vai vigorar nos 45 dias seguintes. Ficou mais difícil ao BC escolher um curso de ação mais ousado, disse Santos, explicando que taxas elevadas ajudam a esfriar ainda mais a economia. O mercado aposta em alta de 0,5 ponto percentual, que levaria os juros para 8,5% ao ano.
 Fase delicada
 Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, a situação cambaleante da indústria contribui para derrubar as projeções do PIB deste ano para próximo de 2%. É preocupante, afirmou, antes de destacar que os dados de maio não levam em conta o efeito das manifestações em todo o país nas últimas semanas. É provável que os protestos tenham subtraído entre um ou dois dias de produção, na média do mês, uma queda de quase 10% entre os dois períodos, adianta. A atividade industrial vive uma fase ainda bastante delicada e carece de força, sustentou a economista do Banco ABC Brasil Mariana Hauer.

 
"Cbic"

 

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