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AGÊNCIA CBIC

24/06/2013

Com frustração na indústria, criação de emprego tem pior resultado em 21 anos

"Cbic"
24/06/2013

O Estado de S. Paulo/BR

Com frustração na indústria, criação de emprego tem pior resultado em 21 anos

 Renata Veríssimo   
 Laís Alegretti / Brasília

Crise.  Com a geração de apenas 72 mil novos postos, mercado de trabalho mostra fragilidade da recuperação da economia, com forte queda na abertura de vagas na indústria e desempenho ruim nos setores de construção, comércio e serviços.  
 O mercado de trabalho voltou a perder fôlego em maio e registrou este ano o pior resultado para o mês em 21 anos. O número de demissões também foi recorde. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, as contratações com carteira assinada superaram as demissões em 72.028, bem abaixo do patamar dos três meses anteriores, quando a criação de postos de trabalho superou a marca dos 100 mil por mês.
 Apenas em 1992, o primeiro ano da série histórica do Caged, o resultado de maio foi menor. Naquele ano, foram abertos apenas 21.533 novos postos. A geração líquida de empregos no mês passado representa uma queda de 48,43% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, foram criados 669.279 empregos formais. A meta do Ministério do Trabalho é atingir 1,7 milhão de novas vagas este ano.
 As demissões em maio somaram 1.755.094 e as admissões foram de 1.827.122, o segundo melhor resultado para o mês. Para o ministério, os dados mostram a capacidade da economia de manter o número de contratações em patamar expressivo.
 Crise.  Segundo o governo, a perda de dinamismo do mercado de trabalho pode ser justificada, em parte, por um possível deslocamento da demanda por trabalhadores para os próximos meses, por causa do cenário internacional e da piora do ambiente de negócios.
 Nos meses anteriores, o emprego foi puxado pelo setor de serviços. Em maio, a agricultura foi o segmento da economia que mais abriu vagas: 33.825. No setor de serviços, surgiram 21.154 empregos e, na indústria de transformação, 15.754.
 A construção civil foi o único dos oito setores pesquisados que fechou vagas em maio. As demissões superaram em 1.877 as contratações. O governo atribuiu parte do resultado ao encerramento das obras da Copa.
 O economista da Consultoria LCA Fábio Romão destacou o fraco desempenho da indústria em maio, com a criação de apenas 3.488 empregos. "A indústria vinha se destacando e compensando, ainda que parcialmente, a fraqueza de outros setores. Agora teve a pior criação de empregos para meses de maio desde 2009. Foi um banho de água fria." Romão vai rever para baixo a expectativa de criação de postos de trabalho no Brasil este ano.
 "Dos setores que já estavam mal, alguns pioraram: construção, comércio e serviços, nesta ordem", disse Romão. Para ele, o comércio e os serviços podem estar respondendo à rápida desaceleração da renda, "que vem perdendo fôlego desde dezembro" do ano passado para cá.
 O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, afirmou que não esperava um desempenho "tão ruim" e atribuiu as demissões às expectativas frustradas dos comerciantes.
 "O crescimento que esperávamos acabou não ocorrendo. Em 2013, o desempenho do varejo está aquém dos anos anteriores, aí os empresários começaram a reduzir o quadro", disse.
 Em maio, as contratações superaram as demissões no comércio em apenas 36 vagas. Pellizzaro aposta que essa é a tendência até o fim do ano. "Sem crescimento alto e sem queda."
 Em maio, a única área que demitiu mais que contratou foi a de construção civil. O governo atribui o fechamento de 1.877 vagas "em parte, ao encerramento das obras da Copa".
 Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil, Paulo Safady Simão, a explicação está no desaquecimento do setor imobiliário. "Houve esfriamento nas obras, que só agora estão retomando a atividade." Safady disse, porém, que os resultados devem melhorar. "A área já está em recuperação."
 Cenário.  O dinamismo do mercado de trabalho é uma das apostas do governo para aquecer a economia e um dos trunfos eleitorais para a candidatura à reeleição da presidente Dilma. A pesquisa CNI/Ibope, divulgada esta semana, mostra que mais da metade da população aprova as medidas do governo de combate ao desemprego. / COLABOROU RENAN CARREIRA 

 
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