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AGÊNCIA CBIC

17/05/2013

Poli-USP lança mestrado com foco em construção

"Cbic"
10/09/2013

Valor OnLine/BR

Poli-USP lança mestrado com foco em construção

 
Melhado: "Quem atua em gestão de obra tem pouco conhecimento técnico"
 A redução de custos, a diminuição do tempo para a entrega das obras, o menor impacto ambiental possível e a maior segurança do trabalho com uso de novas tecnologias e processos inovadores são algumas das mais urgentes demandas que a construção civil enfrenta atualmente no Brasil. É por esse motivo que profissionais estão voltando às bancas e laboratórios das universidades e o mercado se tornado mais exigente nas suas seleções. Diante dessa mudança de comportamento, iniciada com o boom da construção no Brasil, a partir de 2005, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) lançou o primeiro mestrado profissional em inovação na construção civil, o Construinova, com início das aulas em junho. "De modo geral quem atua fazendo gestão de obra tem muito pouco conhecimento técnico, que é essencial. E se a pessoa tem uma base frágil ela terá dificuldade de pensar em inovação", diz Silvio Melhado, vice-coordenador do curso.
 Diferentemente de um mestrado tradicional direcionado para quem pensa em seguir uma carreira acadêmica, os mestrados profissionais, que têm crescido no país, são para quem quer colocar em prática no trabalho o que se aprende em sala de aula, e vai buscar uma maior profundidade de pesquisa que uma especialização ou MBA não oferecem.
 Dos 5.370 cursos de mestrados e doutorados reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), 515 são mestrados profissionais. Em 1999, esse número era de apenas nove cursos. Na engenharia são 66 nesse formato. E a construção civil, a que mais forma engenheiros, conta apenas com 10 desses mestrados profissionais.
 "Os canteiros de obras se multiplicaram inúmeras vezes no país e os problemas também. Quando não se aplicam novos conhecimentos o nível de qualidade é comprometido e as obras pioram, tornam-se mais caras, atrasam e têm menor durabilidade, resultando em perdas econômicas e social para todos", diz Melhado.
 Um exemplo é o estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, construído entre 2003 e 2007. Custou R$ 380 milhões aos cofres públicos e apresentou falhas de estrutura na cobertura, que resultaram em sua interdição em 26 de março.
 Para atacar todas as frentes que envolvem uma obra, o curso adotou três linhas de pesquisas que vão desde modelos de gestão de empreendimento e projetos complexos, passando por energia, água e comunicação à inovação com foco em desempenho, tecnologia e sustentabilidade. Cláudia Derbli, de 45 anos, é um dos 25 aprovados para o curso da USP. Engenheira civil, ela atua com orçamentos das obras, análises de projeto e de estrutura na Método Estrutura. "O mercado está aberto à apreciação de algumas das inovações e esse é um bom momento para investir na minha carreira", diz Cláudia.
 A oportunidade de conciliar o conhecimento da universidade e a necessidade da empresa de inovar motivaram o gerente de mercado e produtos da Saint-Gobain Brasilit, Marcelo Amaral, de 40 anos, a optar pelo Constuinova. "Eu pretendo desenvolver novos sistemas construtivos que possam trazer mais desempenho, qualidade e reduzir o ciclo total da obra", conta. Gustavo Aguiar, de 33 anos, engenheiro da Método Engenharia também fará parte da primeira turma. Ele avalia que a indústria precisa ganhar competitividade e está carente de inovações. "O mercado demanda profissionais que inovem na criação e minha ideia é identificar e desenvolver alguma tecnologia, seja em processo ou produto", diz Gustavo.
 A necessidade de ganhar escala para as grandes construções com qualidade e redução de custos, apesar da desaceleração da economia em 2012, é o que preocupa instituições como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Antac), que congrega professores e pesquisadores da área.
 Ambas elaboraram estudo que propõe política de incentivo à ciência e a tecnologia para a inovação na construção civil entre governo, acadêmia e iniciativa privada. O documento vai ser entregue no dia 28 ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp. "Propomos 19 linhas de pesquisas, identificamos entraves que precisam ser superados para que deem certo, assim como a questão a qualificação da mão de obra, indicando políticas estratégicas", diz Francisco Cardoso, presidente da Antac.
 A CBIC também encomendou levantamento dos cursos de inovação para construções existentes no Brasil. Coordenado por Dayana Costa, professora do departamento de construção e estruturas da Universidade Federal da Bahia o estudo encontrou nada além de alguns cursos de extensão.

 
"Cbic"

 

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