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Baram investe em plástico e logística reversa e espera crescer 40% no ano
Carolina Pereira Após três anos de estudos, fabricante lança equipamento e prevê que receita chegue a R$ 220 milhões.Equipamento de plástico é ideal em áreas litorâneas por conta da corrosão O Grupo Baram, de Sapucaia do Sul ( SC), espera crescer 40% neste ano e atingir receita de R$ 220 milhões. De olho nessa meta, a empresa lança hoje um andaime de plástico, fruto de três anos de pesquisa e investimentos de cerca de R$ 2 milhões. A expectativa é que o novo modelo responda por 35% das vendas totais de andaimes até o final deste ano, de acordo com Josely Rosa, presidente da companhia.
Fundada há 15 anos por Rosa, a companhia atua principalmente no setor de equipamentos para a construção civil, como andaimes, elevadores e guindastes. Com o equipamento de plástico, Rosa quer instituir a política de logística reversa e começar a fornecer descontos para os clientes que devolverem o produto antigo, que será reciclado.
O produto de plástico, que está sendo lançado hoje na Feicon (feira do setor de construção civil que acontece em São Paulo), custa até 20% mais que o convencional, com base de ferro. Aos que trouxerem o produto para reciclagem, Rosa quer oferecer desconto relativo a 10% do valor pago. ?Uma das vantagens do equipamento de plástico será o uso em áreas litorâneas, onde há grande corrosão do andaime de ferro?, diz Rosa.
O lançamento não é a única aposta do grupo para atingir o crescimento de 40%. Em janeiro deste ano a empresa anunciou a entrada no segmento de construção e manutenção de torres eólicas, e teve seu primeiro contrato assinado com uma empresa indiana de turbinas, a Suzlon Energy Limited, no valor de R$ 8,5 milhões.
O acordo prevê a entrega de 58 elevadores para torres eólicas, que serão utilizados na construção do Parque Eólico Icaraí 1, em Amontada (CE). A entrega dos produtos deve ocorrer nos próximos cinco meses. Além disso, a empresa também fechou contrato na semana passada com a prefeitura de Canoas (RS), para um projeto piloto que prevê a substituição de dois postes para iluminação pública da rodovia BR-116 por dois postes híbridos (energia eólica e solar). Os equipamentos serão instalados em até 40 dias.
O investimento na entrada neste novo segmento foi de cerca de R$ 5 milhões e Rosa espera atuar, também, na área de geração de energia em residências. No ano passado a Aneel aprovou mudanças na resolução normativa 482, o que tornou possível que o consumidor gere energia em casa por meio de painéis solares ou geradores eólicos e deduza o volume produzido de sua conta de luz.
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