
AGÊNCIA CBIC
19/12/2012
Pesquisa aponta cenário estável para a indústria
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19/12/2012 |
Jornal do Commercio RJ/RJ Pesquisa aponta cenário estável para a indústria
CNI
Embora positivas, diminuíram as expectativas do empresariado em relação à demanda nos próximos seis meses, influenciadas pela menor atividade no início de cada ano
» AYR ALISKI
DA AGÊNCIA ESTADO
0s resultados de novembro da pesquisa Sondagem Industrial, divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram, em geral, um cenário de estabilidade. O nível da produção caiu para 49,8 pontos, ante 54,9 pontos em outubro, mas manteve-se estável em relação a novembro de 2011, quando foi também de 49,f! pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 74% no mês passado, mesmo percentual verificado em outubro, porém abaixo da marca de 75% registrada em novembro de 2011.
De acordo com a CNI, o fim das encomendas estabilizou a produção industrial em novembro. "0 encerramento das encomendas do final de ano fez a atividade industrial permanecer praticamente estável em novembro, após registrar crescimento em outubro", cita documento distribuído pela entidade. A Sondagem também constatou que, embora positivas, diminuíram as expectativas do empresariado em relação à demanda nos próximos seis meses, influenciadas pela menor atividade no início de cada ano.
Segundo a CNI, a pesquisa mostra que o nível de estoques efetivo em relação ao planejado caiu para 49,5 pontos em novembro, ante 50,5 pontos em outubro. Em novembro de 2011, o nível de estoques havia alcançado o nível de 52,3 pontos. Já o indicador sobre o nível de emprego industrial recuou para 49,4 pontos em novembro, ante 50,2 pontos em outubro.
A metodologia da pesquisa
Crescimento
Fiesp prevê recuperação em 2013
DA AGÊNCIA REUTERS
A economia vai crescer entre 2,5% e 3,5% em 2013, com o câmbio acima de R abrindo cam? inho para um cenário mais favorável às expor? tações, afirmaram ontem dirigentes da Feder? ação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O presidente da entidade, Paulo Skaf avaliou que 2012 não foi satisfatório para a in? dústria, mas que no próximo ano a expectativa é positiva, tão logo comecem a surtir efeito medi? das de incentivo do governo federal. "Mo ano que vem a palavra vai ser reindustrialização", afir? mou Skaf, em nota divulgada pela Fiesp.
Skaf citou como exemplo das iniciativas do governo federal os cortes na taxa de juros, a re? dução nas tarifas de energia, o câmbio em pata?
mares considerados mais equilibrados e o fim da chamada "guerra dos portos". Apesar disso, afir? mou haver espaço para mais reduções nos juros básicos. "A taxa Selic tem toda a condição de baixar e o governo aceitou essa idéia, mas não há razão nenhuma para não chegara 5%", afir? mou Skaf. Atualmente a Selic se encontra na mínima histórica de 7,25% ao ano.
O presidente da Fiesp também reforçou que o grande segredo para impulsionar a recuperação da economia será o estímulo ao investimento. E disse que o modelo baseado no aumento do con? sumo está "um pouco esgotado". "Está provado que quando não se tem crescimento da indústria não se tem crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). A indústria precisa crescer, para o PIB crescer e gerar desen volvimen to."
estabelece indicadores de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam evolução positiva. A produção da indústria, portanto, situou-se na linha divisória dos 50 pontos, com 49,8 pontos. A Sondagem Industrial ouviu 1.864 empresas entre os dias 3 e 13 de dezembro, sendo 669 de pequeno porte, 719 médias e 476 grandes empresas.
A Sondagem Industrial destaca que o longo período de dificuldades enfrentado pela indústria, principalmente no primeiro semestre, fez a utilização da capacidade instalada continuar baixa em novembro quando comparado ao esperado para o mês. O indicador sobre o uso de capacidade instalada efetiva em relação ao usual para os meses de novembro ficou em 46 pontos, ante 46,8 pontos em outubro. Valores além de 50 pontos indicam acúmulo de estoques
acima do programado.
Embora positivas, as expectativas do empresário da indústria em dezembro em relação à demanda para os próximos seis meses ficou em 54,6 pontos em novembro, ante 55,7 pontos em outubro. Segundo a CNI, isso reflete a queda da atividade que ocorre comumente no início do ano.
Os índices de expectativas de compras de matérias-primas e de contratações de empregados permaneceram estáveis em dezembro, respectivamente com 52,3 pontos (52,6 pontos em novembro) e 50,7 pontos (50,6 pontos em novembro). A proximidade da linha divisória dos 50 pontos do índice de expectativa do número de empregados nos próximos seis meses indica não haver perspectivas de aumento nas contratações da indústria.
O indicador de expectativa
sobre número de empregados ficou em 50,7 pontos em dezembro, ante 50,6 pontos em novembro. Subiram, porém, as perspectivas em dezembro para a quantidade exportada nos próximos seis meses, com 52,6 pontos em dezembro ante 51 pontos em novembro.
Construção civil
A CNI também divulgou, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Sondagem da Indústria da Construção em novembro, que mostrou queda do indicador que mede o nível de atividade do setor para 49,1 pontos. Em outubro, esse indicador havia registrado 50,1 pontos. O indicador de nível de atividade no mês passado ficou, inclusive, abaixo do registrado em novembro de 2011 (49,4 pontos).
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