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19/04/2012

Em debate, fórmulas para estimular o investimento

"Cbic"
19/04/2012 :: Edição 301

 

Valor Econômico/BR 19/04/2012
Em debate, fórmulas para estimular o investimento
 
Com os resultados ainda muito fracos da economia brasileira nos primeiros meses deste ano, volta com força ao debate entre acadêmicos e entre empresários a questão fundamental de como estimular o investimento de forma a se garantir um novo ciclo de crescimento nos próximos anos.
 Como em muitos outros temas econômicos, não há consenso entre os especialistas e mesmo dentro do governo sobre qual a receita mais adequada para que o Brasil tenha taxas de investimentos robustas, semelhante a de outros países em desenvolvimento. Mas não existem dúvidas de que há, sim, fórmulas que podem ajudar o país a atingir essa meta, embora algumas das recomendações dos economistas certamente não serão acolhidas com agrado por autoridades de Brasília. O caminho seguido até agora pelo governo da presidente Dilma Rousseff tem sido o de privilegiar alguns setores com desonerações e outros benefícios, em especial a indústria.
 Como se sabe, o projeto do governo é chegar ao fim deste ano com expansão de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), percentual que subiria para 5,5% em 2013 e para 6% em 2014, o que resultaria numa taxa média de crescimento de 4,7% no período. É premissa sine qua non para cumprir esse objetivo elevar a taxa de investimento como proporção do PIB dos atuais 19% para a casa dos 24% até o fim do mandato. No ano passado, esse indicador ficou em 19,3%.
 Para economistas de variadas tendências, seria preciso, nesse cenário, aumentar o investimento público para estimular a expansão econômica no longo prazo. Para que isso possa ocorrer, afirmam eles, é preciso que o governo contenha as despesas de custeio da máquina pública e abra espaço para aumentar sua capacidade de investir, além de propiciar a convergência da taxa básica de juros para patamares praticados por outros países em desenvolvimento. Para além do investimento público, contudo, o restante da receita para crescer é mais controverso, como mostrou aliás duas entrevistas publicadas pelo Valor  na sua edição de terça-feira.
 Para o presidente da Associação Keynesiana Brasileira, Luiz Fernando de Paula, é necessário eliminar os resquícios de indexação da economia, como a existência de títulos públicos remunerados pela Selic, herança dos tempos de hiperinflação. O governo tem ainda a tarefa de consertar os preços fundamentais da economia brasileira: juros e câmbio. Para isso, o economista defende uma intervenção maior do governo no mercado de câmbio para assegurar que o real fique menos valorizado ante o dólar, ainda que à custa do investimento estrangeiro direto.
 Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macroeconômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), diz que, além do aumento dos investimentos públicos, é necessário também retomar reformas para que o país volte a ter ganhos de produtividade. O problema seria a falta de coordenação e vontade política para levar adiante essa agenda. Para ela, o governo deve refrear a concessão de estímulos neste ano, principalmente para o consumo, para não correr o risco de que o país chegue ao fim do ano com um cenário de estagflação – crescimento moderado e inflação elevada – já que uma expansão mais forte baseada no setor de serviços e na construção civil teria como efeito novo repique dos preços e elevação do déficit em conta corrente.
 Mesmo se adotadas imediatamente, essas propostas demorariam para ter impacto na economia, que caminha de forma bastante lenta. Na segunda-feira, o Banco Central divulgou que o seu Índice de Atividade (IBC-Br) recuou 0,23% em fevereiro em comparação com janeiro, feitos os ajustes sazonais – o resultado foi ligeiramente menor que o esperado pelo mercado. As projeções para o PIB do primeiro trimestre – indicador para o qual o IBC-Br serve de prévia – se concentram entre avanço de 0,5% e 0,8% em relação ao último trimestre de 2011 na série dessazonalizada, e não foram revisadas após a divulgação do índice mensal da autoridade monetária. O recuo de fevereiro foi o segundo no ano – em janeiro, o indicador registrou queda de 0,18% nos dados dessazonalizados, segundo revisão feita pelo BC, e a maior retração desde outubro de 2011, quando o índice caiu 0,58% na comparação com o mês anterior. Na comparação anual entre fevereiro e o mesmo mês de 2011, o índice apresentou alta de 0,86%, na série sem ajustes.

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