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17/01/2012

Mercado da construção atrai empresas asiáticas para o País

"Cbic"
17/01/2012 :: Edição 247

 

DCI Online/SP 17/01/2012
 

Mercado da construção atrai empresas asiáticas para o País

Difícil encontrar alguém que não tenha escutado como é complicado negociar com os orientais. Forte respeito pela hierarquia, privilégio ao regionalismo e um certo sentimento de desconfiança em relação ao Ocidente estão entre os motivos. No entanto, até o círculo mais fechado pode se abrir quando se trata de um mercado realmente promissor, como o de construção no Brasil. Segundo um estudo consolidado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), 60% das vendas mundiais de equipamentos para construção civil acontecerão na China, Índia e Brasil em 2015. Por isso, algumas asiáticas já traçam planos para fincar suas bandeiras em solo brasileiro.
 É o caso da Hyundai Heavy Industries, que recentemente fechou uma joint venture com a Brasil Máquinas de Construção (BMC) para começar a fabricar equipamentos no País. A BMC iniciou suas operações em 2007 como representante de grandes empresas do segmento de construção, entre elas a coreana Hyundai. "Optamos por focar no atendimento para ganhar um mercado que, no Brasil, ainda é muito concentrado", afirmou em entrevista ao DCI o presidente da BMC, Felipe Cavalieri.
 No primeiro ano de operação, a empresa brasileira importou 858 máquinas, fechando o ano com faturamento médio de cerca de R$ 343 milhões. A previsão para 2012, segundo Cavalieri, é que a BMC comercialize cerca de 3,3 mil equipamentos, o que pode gerar uma receita de até R$ 1,32 bilhão à empresa. E a intenção da BMC é aumentar ainda mais a sua carteira de clientes. No entanto, existe um obstáculo no meio do seu caminho: o Programa de Sustentação do Investimento. "O PSI é uma barreira do mercado local, uma vez que o governo só concede esse tipo de financiamento para quem produz no País", diz.
 Como a BMC não fabrica equipamentos, a saída encontrada para obter o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi abrir uma fábrica no País. Cavalieri acredita que o PSI contribui para o crescimento da indústria local, porém outras medidas protecionistas tendem a aumentar os custos para os consumidores, como o aumento do imposto de importação. "Elevar tributo não coopera para o crescimento da indústria nacional", afirma o executivo.
 A BMC terá 25% da parceria estabelecida com a Hyundai na fábrica de Itatiaia (RJ), que deve ficar pronta no final deste ano, com a promessa de equipamentos fabricados com 60% de conteúdo nacional já em sua inauguração. O investimento inicial na planta é de R$ 150 milhões. Cavalieri afirma que esse tipo de participação com a Hyundai é inédita, uma vez que a coreana não fecha cotas para sócios estrangeiros.
 De acordo com o consultor da Sobratema, Brian Nicholson, o Brasil figura como grande exportador de máquinas e equipamentos para construção civil. Porém, algumas linhas, que têm pouca saída no País, não são produzidas internamente e acabam sendo importadas. "Grandes empresas como a Hyundai costumavam entrar no mercado nacional na forma de importação. Agora, essas companhias estão abrindo fábricas por aqui", diz Nicholson.
 E a maré anda tão boa para o setor de construção que a chinesa Zoomlion, grande player mundial de equipamentos para concreto, também abrirá uma unidade no Brasil. O investimento inicial deverá ser de R$ 20 milhões, conforme adiantou ao DCI o presidente da BMC, parceira da Zoomlion na empreitada. "Até março, devemos fechar o local em que a planta será construída", diz Cavalieri. Segundo o executivo, quatro Estados estão na lista da empresa. "O mais natural seria o Rio de Janeiro, onde uma de nossas unidades já está sendo levantada. Porém, ainda não temos nada definido", complementa.
 Cavalieri afirma que a BMC espera alcançar 20% do market share da chamada linha amarela (que inclui equipamentos como escavadeiras e carregadeiras) com a nova fábrica da Hyundai em Itatiaia. "O mercado brasileiro vai crescer ainda mais e os países já estão de olho no País", acredita o empresário.
 Outras duas empresas asiáticas podem começar a produzir no Brasil equipamentos para construção com mínimo de 60% de conteúdo nacional. A chinesa Sany já fabrica, desde o ano passado, escavadeiras e guindastes em São José dos Campos (SP), sob o sistema de montagem de kits (CKD). Conforme divulgado pela empresa, existem planos para nacionalizar a sua produção, que hoje gira em torno de 850 unidades por ano. Há também rumores de que a chinesa Liu Gong instale uma fábrica no Brasil. A fabricante comercializou, em 2011, cerca de 1,4 mil máquinas para construção na América Latina.

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