Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

17/01/2012

Estrangeiro puxa a venda de imóveis

"Cbic"
17/01/2012 :: Edição 247

 

DCI Online/SP 17/01/2012
 

Estrangeiro puxa a venda de imóveis

O crescimento das vendas do setor de construção civil, que leva as imobiliárias a vivenciar um bom momento no mercado interno, também criou um cenário interessante para que elas vissem um nicho: aumentar a oferta de empreendimentos para clientes de fora do País, interessados inclusive em investir em regiões sem crise financeira internacional batendo à porta. Com o reconhecimento de clientes estrangeiros como um bom investimento em imóveis, empresas como Bamberg, Coelho da Fonseca e Ópus viram que era hora de ampliar os planos de atuação, para aproveitar o momento aquecido. Otimistas, há casos entre elas em que se espera vender cerca de US$ 500 milhões de imóveis no Brasil para estrangeiros.
 Justamente essa boa perspectiva de investimento foi o que levou o executivo alemão Eric Hansi, que veio para o Brasil há cerca de cinco anos passar férias, a comprar alguns imóveis. "Hoje a valorização do imóvel no Brasil está na casa dos 10% ao ano; no melhor país da Europa não encontramos valorização a cima de 4%", explicou o executivo.
 Hansi, que atua na área de tecnologia da informação (TI) e faz consultoria para grandes empresas automotivas, como Volkswagen e Volvo, conta agora com quatro imóveis em terras nacionais. "Mesmo com maior atuação de trabalho em São Paulo, escolhi investir no nordeste porque as casas lá são turísticas, cuja valorização é grande", afirma.
 Hans, no entanto, não descarta comprar imóveis em São Paulo. "Quando eu vender os imóveis em Salvador, Maceió e Fortaleza, nada me impede de investir, talvez, em um imóvel comercial em São Paulo", disse ele.
 De acordo com Sandra Mulloc, professora de engenharia da Universidade de Campinas (Unicamp) o crescimento de compra de imóveis por estrangeiros deve crescer a cima da construção civil. "Falamos de pelo menos 6% de alta ao ano, enquanto a construção em si cresce 5%, no máximo."
 A professora explica ainda que este é justamente o momento para as imobiliárias se profissionalizarem e ampliarem sua atuação. "Este é o momento de formar corretores fluentes em pelo menos três línguas, disponibilizar site em inglês e espanhol, além de pensar em fazer escritórios fora do País", concluiu.
 Outro termômetro vem das estimativas da agência de investimentos Adit Invest, que estima um crescimento em movimentação financeira na venda de imóveis para estrangeiros na casa de 50% em 2011. E este ritmo deverá se manter nos próximos anos.
 Na imobiliária carioca Judice & Araújo, por exemplo, esse tipo de negócio já representa 30% do total dos negócios. Segundo informações da empresa, há quatro anos a porcentagem desse mercado não passava de 10%. A média do valor dos imóveis adquiridos pelos estrangeiros, de acordo com a empresa, é de R$ 2 milhões.
 Em São Paulo, na Bamberg Imóveis, o aumento de comercialização de imóveis nacionais para imigrantes foi de 20% em 2011 O presidente da empresa, Michael Bamberg, diz que os clientes compram casas para investir. "Aqui se consegue rendimento de até 12%; na Alemanha, o máximo é 6%."
 Da mesma opinião partilha o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana. "Em Londres, um apartamento de classe média custa R$ 15 mil o m². Isso é mais que qualquer coisa no Brasil."
 
 Crescimento
 Quem viu nesta possibilidade uma chance de crescimento foi a imobiliária paraense Ópus, que iniciou em janeiro suas operações internacionais. De acordo com Victor Mensini, diretor de Novos Negócios da empresa, a expectativa é vender, em 2012, cerca de US$ 500 milhões. "Para iniciarmos as operações fizemos um replanejamento da imobiliária e já abrimos um escritório em Miami (EUA), onde estaremos mais perto dos compradores."
 Para iniciar as operações no País, o grupo investiu cerca de R$ 15 milhões. "Foi um investimento de fundo estrangeiro, que viu no Brasil uma grande oportunidade", completa.
 
 Na contra mão
 Quem chegou ao Brasil recentemente para vender imóveis no exterior foi a Viva Real, plataforma destinada à busca de imóveis on-line. O portal, que atua desde 2007 nos Estados Unidos, permitirá aos usuários brasileiros pesquisar, comparar e fechar negócios no setor imobiliário local.
 Para liderar as operações da companhia no País, Brian Requarth, co-fundador e CEO, assume a sede da Viva Real em São Paulo, junto com os cofundadores Thomas Floracks, diretor de TI, e Diego Simon, diretor de Operações. Além disso, conta com "investidores-anjos" entre os quais está Wences Casares, fundador da Patagon Bank, e Chamath Palihapitiya, executivo do Facebook.
 Hoje o site apresenta cerca de 290 mil imóveis, em vários países, se considerados lançamento, revenda e locação. No mercado gaúcho apenas, o site tem mais de 10 mil imóveis em Porto Alegre, que representa 140% do tráfego. No Brasil, explica a empresa, as maiores procuras estão concentradas nos centros urbanos: em primeiro lugar está o Rio de Janeiro (RJ), seguido por Fortaleza (CE), Salvador (BA) e São Paulo (SP), e a tendência é outras metrópoles entrarem no roteiro. 

"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Calendário

Data

Este Mês
Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscom-SL
Sinduscon-Mossoró
Sinduson – GV
Sinduscon Chapecó
SECOVI-PR
Ademi – GO
Assilcon
ADEMI-AM
Ademi – PR
ABEMI
Sinduscon-PLA
Sinduscom-VT
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.