
AGÊNCIA CBIC
13/01/2012
Setor afasta risco de bolha imobiliária
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13/01/2012 :: Edição 247 |
Jornal Brasil Econômico/BR 13/01/2012
Setor afasta risco de bolha imobiliária Analistas do setor descartam qualquer risco de que uma possível bolha possa se formar.
De acordo com Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi, existe um equilíbrio entre oferta e demanda, que garante a manutenção dos preços. "Lançamos em 2011 de 35 a 40 mil unidades e comercializamos entre 30 e 35 mil. A oferta está aderente", afirma.
A possível bolha é sustentada pelo professor Dr. João da Rocha Lima Jr., coordenador do Núcleo de Real Estate da Universidade de São Paulo. Segundo estudo realizado pelo doutor, o descolamento de preços dos imóveis contra o Índice Nacional do Custo da Construção mostra a especulação no setor.
Marco Túlio Kalil Ferreyro, economista associado ao Instituto Millenium, explica que este cenário poderia ser aplicado à conjuntura de 2010, e não a atual. "Viamos que em 2010 o Produto Interno Bruto aumentou 7,5%, e o setor de construção acima de 10%. Mas em 2011, com a queda do PIB, a construção civil também perdeu mercado", diz.
O crédito bancário também é um dos portos seguros para evitar uma bolha, diz Petrucci
Se comparado a outros mercados problemáticos, o Brasil não possui motivos para se preocupar, avalia Kalil Ferreyro. "Nos Estados Unidos, o crédito imobiliário superava 70% do Produto Interno Bruto. Na Espanha, esta relação supera 45%. Estamos atrás até mesmo do Chile, que possui 11%. Aqui, fechamos o ano em 4,3%", diz.
Em relatório sobre a saúde financeira das incorporadoras, a Fitch Ratings avalia que projetos mais criteriosos e um fluxo de caixa operacional positivo dará fôlego ao setor. "Há uma forte entrada de caixa devido à entrega de lançamentos feitos entre 2008 e 2009", afirma Fernanda Rezende.
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