
AGÊNCIA CBIC
19/12/2011
Preço de terreno pressiona o Minha Casa Minha Vida
![]() |
19/12/2011 :: Edição 238 |
Jornal O Globo/BR 18/12/2011
Preço de terreno pressiona o Minha Casa Minha Vida
O Rio teve os imóveis mais caros financiados pelo Minha Casa, Minha Vida em 2011, segundo levantamento feito pela Caixa Econômica em 12 das maiores regiões metropolitanas do país. No Rio, o preço médio dos imóveis adquiridos pelos compradores da maior faixa de renda atendida pelo programa (de R.101 a R mil) foi de R,7 mil. São Paulo ficou em segundo lugar, com R,7 mil.
José Carlos Martins, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, diz que é o alto custo dos terrenos que está puxando os preços nessas cidades.
– Em Rio, São Paulo e Brasília, as cidades em que há maior escassez de áreas disponíveis, há casos em que os terrenos correspondem a 50% do empreendimento.
Normalmente, o preço de um terreno deve responder por algo entre 9% e 12% do valor do empreendimento, diz o diretor comercial da construtora MRV, Eduardo Barretto. Por isso, a estratégia da empresa tem sido optar por áreas mais distantes na região metropolitana, que viabilizem os projetos:
– Procuramos áreas com boa conexão de transporte.
Para tornar o programa viável nos grandes centros, em fevereiro, o governo elevou o teto dos financiamentos de R0 mil para R0 mil para imóveis nas três cidades e de R0 mil a R0 mil nas demais capitais.
Em janeiro, o número de contratos no teto do programa caíra no Rio para 5,1% contra 14,9% de 2010. Em São Paulo, queda ainda maior: de 23,1% a 8%. Ainda assim, cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre permanecem pressionadas, com um percentual acima da média de contratos fechados no teto: 14,7% e 12,5%, respectivamente.
– As pessoas tiveram aumento de renda e passaram a poder comprar imóveis mais caros – diz o vice-presidente da Área de Governo da Caixa, José Urbano Duarte, para quem o volume de financiamentos aprovados pelo teto não é grande.
Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), diz que, após dois anos de altas acima da inflação, em 2009 e 2010, os preços dos terrenos e imóveis dão sinais de estabilidade.
– 2011 deve acompanhar a inflação – prevê Petrucci.
|
|
![]() |