
AGÊNCIA CBIC
13/12/2011
Lojas de material de construção estão otimistas
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13/12/2011 :: Edição 235 |
Diário do Comércio – MG/MG 13/12/2011
Lojas de material de construção estão otimistas Expansão poderá ultrapassar 22% neste ano.
A Santa Cruz Acabamentos investiu na ampliação de sua loja na Capital
Enquanto a indústria da construção civil prevê fechar 2011 com alta de 5% no faturamento – acima do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro -, os empresários do varejo de material de construção estão mais otimistas e registram crescimento mais pujante, com revendedoras apostando em expansão acima de 22%. O bom desempenho do segmento é atribuído a uma série de fatores, entre eles a ampliação das linhas de créditos nos bancos oficiais e o programa "Minha casa, minha vida", que vem aquecendo as vendas em Minas Gerais.
Na Casa Única Materiais de Construção (Santa Cruz Acabamentos), localizada no bairro Aparecida, na região Noroeste da Capital, as vendas estão elevadas. O diretor geral da empresa, Ronaldo Garcia, aposta em um incremento dos negócios da ordem de 22,5% em relação a 2010. "Apesar de o crescimento ser um pouco menor que a nossa meta de 30%, não podemos reclamar porque a construção civil passa por um momento especial, como não se via nos últimos cinco anos", avaliou.
Para o diretor da Santa Cruz Acabamentos, vários fatores, como o aquecimento da economia, o boom da construção civil no Estado e os programas do governo federal, têm contribuído para o aumento dos negócios. Além disso, o executivo aponta que os empreendimentos da Copa do Mundo têm influenciado positivamente o setor.
Já para o próximo ano, ele acredita em um crescimento de 8,5% acima da meta para o setor, uma vez que a Santa Cruz está realizando uma série de investimentos na ampliação da loja. O salão de vendas de 500 metros quadrados foi passou a ocupar uma área de 3.200 metros quadrados. O mix de produtos também aumentou, passando a oferecer uma linha de piso flutuante, itens de iluminação e acessórios de utilidades para o lar, como aramados para cozinha.
A Cerâmicas Nacionais Reunidas (CNR), que possui sete lojas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), esperava comercialização de até 7% a mais que em 2010, mas fechará nos modestos 2%. Conforme o diretor comercial da empresa, Cristiano Lana Vasconcelos, o desempenho do ano até começou bem, mas caiu a partir do mês de outubro. "A gente ainda não tem uma explicação que justificasse essa desaceleração, mas esperamos recuperar um pouco nas últimas semanas do ano. O mês de dezembro não é um dos melhores, mas vamos tentar uma reação", disse.
A expectativa de baixo desempenho no fim do ano para o setor de construção tem explicação. Segundo Vasconcelos, geralmente em dezembro as pessoas estão preocupadas com outras questões, como compras de presentes de Natal ou troca e manutenção de automóvel. Além disso, nessa época começa o período de maior intensidade das chuvas e algumas obras precisam ser paralisadas, restando apenas os investimentos em materiais para reformas e adequações internas.
Interior – Entretanto, a expectativa do diretor da CNR é que o resultado das lojas em 2012 ficará bem acima do nível registrado em 2011, com aumento de até 25% nas vendas. Para alcançar a meta, além da reforma das lojas na RMBH, com troca de mostruários e ampliação do mix , a rede planeja abrir a primeira sucursal no interior do Estado. O alvo é o município de Conselheiro Lafaiete (Campos das Vertentes).
"Fizemos todos os estudos necessários que nos apontou o grande potencial de Lafaiete e municípios circunvizinhos, que se tornaram uma região estratégica devido à expansão da siderurgia. uma oportunidade de negócios que não podemos perder e vamos abrir na cidade a oitava unidade no primeiro semestre do ano que vem", disse Vasconcelos.
Já a Centro Elétrico Acabamentos, com três unidades no Estado, cuja matriz fica em Sete Lagoas (região Central), a previsão é de fechar o exercício com crescimento de 7%. "Embora tenha notado a desaceleração no setor de construção civil nos últimos meses do ano", avaliou o diretor executivo Maurílio Brigatto Júnior.
Para 2012, a rede anuncia a diversificação do mix , com inclusão de móveis como dormitórios, salas de jantar completo para aumentar o tíquete. "Além da renovação de todo o mostruário, a praça de Sete Lagoas, com mais de 5 mil metros quadrados permite esse tipo de experimento para incrementar o faturamento", disse Junior.
A rede francesa de materiais de construção Leroy Merlin, que inaugurou sua terceira unidade em Minas Gerais, dentro de um shopping center de Uberlândia (Triângulo Mineiro), atribui aos investimentos em ampliação das lojas e ao próprio aquecimento da economia nacional, o aumento de 15% no faturamento em relação ao ano anterior.
"Estamos bastante otimistas com o mercado interno. O boom da construção civil e a ascensão das classes mais baixas têm permitido aumentarmos nossas vendas e, conseqüentemente, nosso faturamento. Além disso, sabemos que ainda há muito imóvel para ser entregue, o que elevará ainda mais a demanda do nosso setor", aposta o diretor da companhia, Fernando Marques.
A projeção do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) é de manutenção do cenário de acomodação do setor de construção civil. "Devemos manter este ritmo de crescimento. Mesmo com a crise internacional, as condições no país continuam propícias para a expansão da atividade. Sabemos que as dificuldades serão maiores, mas as análises macroeconômicas para o Brasil ainda são positivas", aposta o presidente da entidade, Luiz Fernando Pires, que é diretor da construtora Mascarenhas Barbosa Roscoe S/A.
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