
AGÊNCIA CBIC
28/11/2011
Modernização de edifícios ganha musculatura
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28/11/2011 :: Edição 225 |
Jornal Brasil Econômico/BR 28/11/2011
Modernização de edifícios ganha musculatura Adaptação tecnológica de prédios antigos, o retrofit cresce em São Paulo e Rio; hospital Matarazzo promete ser marco
É melhor erguer um novo edifício ou recuperar um já existente dando uma aparência nova ao já conhecido? No passado, quando havia dezenas de terrenos disponíveis, a primeira opção seria escolhida sem hesitação por arquitetos e incorporadoras.
Não é mais. Hoje, modernizar um prédio é a escolha que ganha mais adeptos no universo das grandes metrópoles do mundo e agora também no Brasil. E o motivo é fácil de entender. Cada vez mais, o espaço nas grandes cidades é disputado.
Entra em cena o retrofit, ou a adaptação tecnológica e melhoria de velhos edifícios, que assumem novos padrões de aproveitamento.
"É um conceito bastante difundido na Europa e nos Estados Unidos, onde o Empire State Building é o exemplo mais significativo de intervenção", diz o gerente de incorporação e marketing da BNCorp, Bruno Carlucci. "Não se trata de preservação nem de reforma, mas de adaptação, melhora de equipamentos e de infraestrutura." A BNCorp investiu na revitalização do prédio Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, modernizando fachadas e instalações dos anos 50, trocando pisos, forros, revestimentos internos e sistemas elétricos e hidráulicos. "Hoje, a locação está quatro vezes mais valorizada", afirma Carlucci.
Marco arquitetônico
No Rio de Janeiro, os retrofits de edifícios comerciais estão em alta. Na semana passada, a Tishman Speyer, conhecida por adquirir e reposicionar construções históricas como o Rockefeller Center, o Chrysler Building e o Hearst Tower, em Nova York, concluiu as obras do Edifício Galeria, no quadrilátero formado pelas ruas da Quitanda, do Ouvidor, do Carmo e do Rosário, que abrigava a sede da Sul América Companhia Nacional de Seguros.
Com um investimento de R$ 200 milhões, a Tishman Speyer modernizou todo o empreendimento, datado da década de 1930, mantendo as características internas e da fachada que formam um dos grandes marcos arquitetônicos do Centro do Rio de Janeiro.
Em São Paulo, a proposta dos retrofits ainda está engatinhando por conta dos terrenos ainda disponíveis na região das Marginais onde se concentram os grandes escritórios. "Mas chega uma hora que não tem mais para onde crescer, como já está ocorrendo na região da Avenida Paulista", diz Colucci.
O mercado imobiliário aguarda o projeto que deverá ser executado no imóvel que abrigava o Hospital Matarazzo, na região da Paulista, adquirido da Previ pelo Grupo Allard em julho deste ano. No complexo de dez edifícios tombado pelo patrimônio, o respeitado arquiteto Philippe Starck promete construir um centro cultural com cinemas, restaurantes e espaço para exposições, além de um hotel seis estrelas. O projeto deve respeitar a arquitetura original e reforça o paisagismo com mais de 700 árvores.
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