Regulamentação coloca o Brasil à frente

 Enquanto lá fora gestores de fundos se esforçam em orientar os investidores, no Brasil isso não é novidade. Segundo Ricardo Martins, diretor de Renda Fixa da Concórdia, aqui esse mercado já começou muito regulamentado.

 "Isso sempre exigiu que o gestor prestasse assessoria ao investidor. Lá fora, a regulamentação está começando e desperta agora essa preocupação com o aconselhamento", analisa, reafirmando que, no mercado interno, "sempre houve orientação ao investidor". "Assim, escolher um fundo para investir dificilmente é uma decisão individual." O mesmo vale para a criação do fundos. "Os gestores olham as oportunidades, assim como a demanda do mercado.

 É um misto, uma decisão que não parte apenas do investidor, nem só do gestor", revela André Paes, responsável pelos fundos de Renda Variável da Infinity Asset.

 Segundo ele, essa atenção à demanda tem gerado nova gama de produtos, como fundos de crédito imobiliário. Há ainda a possibilidade de abrir um veículo específico para um único investidor, mas não é o mais comum, já que exige capital inicial alto. "Dependendo da estrutura do fundo, para ser viável, o investimento inicial precisa ser a partir dos R$ 10 milhões. É algo que só faz sentido para valores altos. É mais comum para empresas", justifica Martins.