
AGÊNCIA CBIC
Censo 2010: milhões de brasileiros ainda vivem sem saneamento básico
Dados do Censo 2010, divulgados ontem, dia 16 de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que, apesar do crescimento da economia do país, milhões de brasileiros ainda vivem em condições precárias.
De acordo com estudo, em 2010, quase 6 milhões de pessoas moravam em casas sem banheiro ou sanitário.
Ou seja, 5.780.694 brasileiros que para poder fazer suas necessidades biológicas básicas precisavam sair de casa.
A maior parte dessas pessoas (4,8 milhões) vive em áreas rurais.
Dos 57 milhões de domicílios catalogados pelo IGBE em 2010, 1,5 milhão não possuem esses cômodos.
A maior parte dessas casas (1,2 milhão) fica nas áreas rurais das cinco regiões do país.
O estudo faz ainda um recorte a partir da renda das famílias que vivem nesses imóveis.
Aquelas que ganham até um salário mínimo (R$ 545) correspondem a cerca de 60% dos domicílios brasileiros sem essa estrutura essencial.
A partir daí, o número de casas sem banheiro ou sanitário vai diminuindo com o aumento da renda mensal domiciliar.
Nos últimos dez anos, entre os Censos de 2000 e 2010, a proporção de domicílios ligados à rede geral de esgoto e fossa séptica aumentou em quatro das cinco regiões do país.
A região Sudeste continua com as melhores condições de esgotamento sanitário, passando de 82,3% dos domicílios com o serviço em 2000, para 86,5%, em 2010.
Nas áreas rurais, apenas 26,5% das casas são atendidas por esse tipo de serviço.
Em 2000, eram 23,9%.
A região Centro-Oeste registrou aumento de cerca de 10%, nos últimos dez anos, no total de casas com esgoto integrado.
Nas áreas urbanas, mais de um terço continua sem o serviço.
Nas áreas rurais, apenas 12,7% da população contam uma forma adequada de eliminar dejetos.
Norte e Nordeste apresentaram, em 2010, patamares ainda mais críticos.
Em 2000, 46,6% das casas nas áreas urbanas da primeira região contavam com esgoto ligado à rede geral.
No ano passado, esse percentual havia caído para 40,6%
Nas áreas rurais, o crescimento foi bastante tímido no Norte: saltou de 6,4% para 8,4% em dez anos.
Ainda nessas regiões, as fossas rudimentares eram a solução de esgotamento sanitário tanto para os domicílios urbanos quanto para rurais.
Fonte: Correio do Estado.