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AGÊNCIA CBIC

24/10/2011

Construção civil

"Cbic"
24/10/2011 :: Edição 203

 

Revista Época/BR 23/10/2011
 

Construção civil

As universidades brasileiras formam todos os anos cerca de 12 mil engenheiros civis. Embora o número seja grande, ainda não é suficiente para atender à demanda do mercado. "Precisaríamos de três vezes isso", diz a professora Cássia Silveira de Assis, coordenadora do curso de engenharia civil do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Paulo. "O início das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e para as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016 tornou essa necessidade mais urgente. Além disso, a estabilidade econômica e o crescimento do país continuarão impulsionando a carreira do engenheiro civil." O mesmo vale para profissionais tecnólogos e técnicos. Segundo ela, a estagnação econômica que o setor viveu nas décadas de 1970 e 1980 e a falta de investimentos obrigaram muitos engenheiros civis a optar pela carreira na área financeira. Agora o setor vive um momento de grande expansão, reflexo também dos investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Com a necessidade de construção de novas estradas e pontes, de novos viadutos, estádios e aeroportos, há também um grande filão a explorar nas áreas de restauração e manutenção de prédios, estações de metrô, túneis, avenidas e rodoviárias. As empresas de construção tentam atrair os profissionais de volta – além de buscar recém-formados nas universidades. Tudo com salários atraentes. O mercado internacional também se abriu para o engenheiro brasileiro, que hoje trabalha em obras na Venezuela, na Austrália, em Moçambique ou em Dubai. "Diariamente, recebo consultas de grandes empresas em busca de profissionais para trabalhar", diz Cássia. "Qualquer país em desenvolvimento vai sempre precisar de profissionais da área de engenharia civil para poder crescer."
 Rafael Machado
 24 anos I Goiânia, GO
 Engenheiro civil  
 "Imagine passar de estagiário a engenheiro chefe em cerca de seis meses. Aconteceu comigo. Fui contratado para liderar obras de hotéis e concessionárias de veículos com a experiência de um aprendiz. Formei-me há dois anos pela Universidade Federal de Goiás. O salário inicial estava acima do piso e as condições de trabalho eram ótimas, mas tive receio de não corresponder às expectativas. Com esforço, vem dando tudo certo. Quando escolhi o curso, pensei em minhas aptidões, mas também no mercado de trabalho. Não posso dizer que dei sorte; afinal, todos os meus colegas de turma estão empregados. Recebo pelo menos uma proposta de emprego por mês, para trabalhar em cidades vizinhas ou em outros Estados. Agora meu objetivo é fazer uma pós-graduação."
 Engenheiro
 Engenharia civil 
 O curso de engenharia civil dá ao aluno conhecimentos para atuar em áreas distintas, como transporte, recursos hídricos, saneamento básico e geotecnia. Quando deixa a universidade, o recém-formado costuma ter uma formação mais generalista. Daí a necessidade de fazer especializações de acordo com a área na qual pretende atuar. Precisa ser ótimo em matemática e cálculo e gostar de lidar com gente, já que normalmente chefia grandes equipes em canteiros de obras. Seu trabalho envolve um grau elevado de risco – se houver um acidente, o engenheiro é responsabilizado. O profissional experiente se envolve em todas as etapas de uma empreitada, desde o projeto até o gerenciamento e sua construção. O mercado de trabalho é muito amplo. O profissional pode atuar em grandes empresas do setor de construção civil, em escritórios de arquitetura e em companhias de petróleo e gás, saneamento básico, energia e em vários outros ramos. Abaixo, uma seleção de universidades que oferecem bons cursos. a duração é de, em média, cinco anos.
O tecnólogo em construção civil está habilitado a planejar, administrar e executar obras e a fiscalizar os serviços. Esses tecnólogos, no entanto, não podem assinar projetos de obras. "Os empregadores ainda registram esses profissionais como "assistentes" ou "analistas"", diz José Paulo Garcia, presidente do Sindicato dos Tecnólogos de São Paulo. É uma oportunidade para quem pensa em entrar na carreira. Aos poucos, o tecnólogo na área da construção civil vem quebrando os preconceitos. Ao longo do curso, que dura em média dois anos, o aluno aprende a elaborar orçamentos e memoriais descritivos, especificar materiais que serão usados na obra, controlar a qualidade do serviço, gerenciar equipes de trabalhos e estudos de viabilidade técnico-financeira dos empreendimentos. Pode ainda planejar e executar redes de água, esgoto e saneamento e drenagem fluvial. Na Faculdade de Tecnologia de São Paulo, as disciplinas básicas representam 70% da carga horária, são aulas em laboratórios e obras. "É um profissional que atua em diversos setores da economia", diz a professora Elizabeth Neves Cardoso, coordenadora do curso. A Fatec de São Paulo forma, em média, 110 tecnólogos em construção civil, na modalidade edifícios, por ano. O índice de empregabilidade ao concluir o curso é de 93%. O curso tem duração de três anos.
Edificações na Escola Técnica Oswaldo Cruz 
 São Paulo, SP  
 O curso de técnico em edificações prepara o aluno para fazer esboços e desenhos e usar programas de computador que auxiliam na elaboração de projetos. Também ensina a elaborar orçamentos, coordenar as etapas da construção e auxiliar o engenheiro responsável na condução das várias etapas da execução da obra. O aluno aprende também a desenvolver projetos que respeitem os princípios de preservação do meio ambiente. A Escola Técnica Oswaldo Cruz coloca à disposição de seus alunos laboratórios de informática e de desenho específicos para a área de construção e sala multimídia e de estudos. Os principais empregadores do técnico de edificações são empresas de engenharia e arquitetura e construtoras de porte pequeno, médio ou grande, tanto públicas como privadas. A duração do curso é de um ano e meio.

"Cbic"

 

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