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24/10/2011

Banco precisa monitorar "emissões financiadas"

"Cbic"
24/10/2011 :: Edição 203

 

Jornal Valor Econômico/BR 24/10/2011
 

Banco precisa monitorar "emissões financiadas"

Carbono

 Estudo da FGV avalia ações ambientais do sistema financeiro
 Diagnóstico recém lançado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) adverte: apesar de muitos bancos já medirem o carbono gerado em suas operações internas, como transporte de valores e consumo energético das agências, faltam iniciativas para monitorar as chamadas "emissões financiadas" – produzidas por clientes que recebem crédito para empreendimentos como agronegócio, geração de energia, construção civil, obras de transporte e indústrias.
 Financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o governo britânico, o trabalho avaliou práticas dos principais bancos privados brasileiros para a redução de impactos climáticos e fomento à economia de baixo carbono. O trabalho ainda complementa estudo de 2010.
 Juntos, os relatórios abrangem 80% da capacidade nacional de oferta de crédito. "É preciso criar metodologia aplicável ao setor bancário, para melhor entendimento sobre os riscos e o impacto ambiental dos projetos que financia, a curto e longo prazos", recomenda Paula Peirão, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV.
 O atual estudo da FGV mostra como o setor financeiro se movimenta para o controle climático. Além de divulgar estratégias para a redução de carbono e a necessidade de avaliar riscos, o trabalho propõe ações efetivas dos bancos para a oferta de produtos e serviços focados na adaptação às mudanças do clima.
 A urgência climática interfere na competitividade. "Na disputa pelo mercado, bancos internacionais afrouxam exigências ambientais na avaliação de crédito e adotam critérios diferentes conforme o país", afirma Roberto Dumas, gerente de avaliação de risco ambiental do Itaú BBA. O banco financiou no ano passado R$ 2,3 bilhões para um investimento total de R$ 11,6 bilhões em 24 projetos – um terço no setor de energia.
 Dumas diz que a prática de aliviar o controle como instrumento de barganha na disputa por empreendimentos ocorre até mesmo entre bancos signatários dos Princípios do Equador – mecanismo que estabelece padrões socioambientais para a análise de operações financeiras, com base em critérios do Internacional Finance Corporation (IFC).
 "Para empreendimentos de eficiência energética, vamos reduzir de 100 mil para 25 mil toneladas de dióxido de carbono por ano o limite mínimo de emissões para aplicação de normas ambientais", diz Dumas.
 De acordo com Domingos Figueiredo de Abreu, diretor de relações institucionais do Bradesco, o banco, igualmente, começa a definir políticas setoriais para aumentar o rigor na análise de crédito em atividades potencialmente de maior impacto, indo além do estabelecido pelos Princípios do Equador. "Mas entrar com restrições não impostas por outros bancos pode significar perda de espaço no mercado", justifica Abreu. Por outro lado, há o aspecto da reputação: "Em função dos riscos, ainda não decidimos se participaremos da hidrelétrica de Belo Monte".
 "Chegou o momento de olhar para as emissões financiadas, porque o mercado cobra respostas e a pressão é cada vez maior", diz Ricard Krook, gerente de ecoeficiência do Santander, hoje restrito às medições de carbono de suas próprias operações e ao trabalho junto aos fornecedores para a realização de inventários de gases do efeito estufa. O banco emite 103 mil toneladas de carbono por ano, compensadas mediante plantio anual de árvores.
"Cbic"

 

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