
AGÊNCIA CBIC
10/10/2011
Reinaldo Azevedo
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10/10/2011:: Edição 194 |
Veja.com/BR 10/10/2011
Reinaldo Azevedo Investimentos em baixa já impactam economia em 2011
Os investimentos entraram num novo e mais baixo ritmo de crescimento. A perda de fôlego aparece na construção civil e também na fabricação doméstica de máquinas e equipamentos, o que se reflete no resultado da economia. O novo cenário entrou nas previsões do governo no fim de setembro. No mais recente relatório de inflação, o Banco Central reviu a expansão dos investimentos neste ano de 6,4% para 5,6%. Sob este cenário, a taxa de investimento do país fechará o ano praticamente sem sair do lugar em relação ao ano passado. Vai de 18,4% do PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) para 18,7%. A taxa indica quanto do que é produzido hoje está sendo reinvestido para impulsionar o crescimento no futuro. [A taxa de investimento] não subir neste ano representa uma queda, afirma o economista David Kupfer, da UFRJ.
Embora ainda não tenha fechado a estimativa para os investimentos no terceiro trimestre, o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, estima que o resultado deverá ser muito fraco, talvez ligeiramente negativo. E, diz, o mesmo pode se repetir no quarto trimestre.
Na construção civil, o desânimo é evidente. O Minha Casa, Minha Vida 2 está atrasado. O governo federal levou sete meses para definir os novos valores que pagará aos construtores pelos imóveis, o que só foi acertado semana passada. Segundo informações do setor, a construção de cerca de 90 mil unidades esperava definição. Depois dessa etapa, ainda leva-se alguns meses para dar partida a essas obras. Além disso, os lançamentos de edifícios residenciais recuam desde maio em São Paulo e no Rio. No ano passado, faltava equipamento, material, o setor estava extremamente aquecido. Neste ano, a escassez de recursos arrefeceu, comprova o presidente da comissão de materiais e equipamentos da CBIC, Sarkis Curi. Pesquisa feita em agosto pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com empresários do setor mostra que a expectativa sobre negócios atingiu o mais baixo patamar desde janeiro de 2010.
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