Imóvel sustentável terá selo

Construções que primam pelos conceitos de sustentabilidade podem ser certificadas pela Caixa Econômica Federal (CEF). Criado em junho do ano passado, o Selo Casa Azul atesta que determinado empreendimento atendeu a, no mínimo, 19 critérios de boas práticas ambientais. De acordo com a gerente nacional de Meio Ambiente da CEF, Maria Luísa Alvim Motta, o selo é um grande diferencial para uma empresa, pois agrega valor ao seu produto.

 Os objetivos e as maneiras de obtenção do Selo Casa Azul foram tema de uma das palestras promovidas ontem no IV Seminário Pernambucano de Construção Sustentável, realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE). O selo tem três graduações. A bronze é concedida àquelas obras que atenderam a 19 critérios de sustentabilidade, a prata para quem atingiu a marca de, ao menos, 25, e ouro para os que possuem 31 ou mais requisitos contemplados.

 Maria Luísa explicou que serão analisadas as características técnicas dos empreendimentos em seis categorias: inserção urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, uso racional da água e práticas sociais. Além do certificado, o empreendimento se torna alvo de campanhas de marketing da CEF em revistas, feirões e eventos.

 O primeiro empreendimento a obter um Selo Casa Azul no Brasil é da cidade de Joinville, em Santa Catarina. O Residencial Bonelli, da Construtora Rôgga, com 45 unidades habitacionais, atendeu a 32 dos 53 critérios, estando posicionado na categoria ouro. Atualmente, há propostas de análise em diferentes tipos de construção, com destaque para projetos habitacionais de perfil popular.

 São proponentes a Companhia de Habitação Popular (Cohab) de São Paulo, a Prefeitura do Rio de Janeiro com ações de urbanização de favelas e um residencial do Minha Casa, Minha Vida de Blumenau, em Santa Catarina.

 Queremos, em breve, ter um selo aqui em Pernambuco , comentou a gerente da CEF. O custo para obtenção da certificação gira em torno de R$ 300.

 O IV Seminário Pernambucano de Construção Sustentável contou ainda com palestras sobre o atendimento às normas da NBR 15575   que determinam parâmetros de desempenho para insumos e materiais utilizados no canteiro de obras. O evento faz parte das ações do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável.