
AGÊNCIA CBIC
20/07/2011
BH pressiona governo para elevar valores do Minha Casa, Minha Vida
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20/07/2011 :: Edição 139 |
Jornal O Tempo/MG 20/07/2011
BH pressiona governo para elevar valores do Minha Casa, Minha Vida
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, disse ontem, durante encontro na Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas), que a entidade vai tentar junto ao governo federal uma revisão das condições de aplicação da segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)em Belo Horizonte. A nova fase do programa é destinada sobretudo a famílias da classe C, com renda de até R.395.
A reclamação das construtoras é que o valor autorizado pelo governo para a construção de imóveis para essa faixa de renda é comercialmente inviável. Em Belo Horizonte, o valor é de R$ 46 mil, enquanto em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, o valor é de R$ 52 mil. "O governo já se mostrou disposto a rever as normas para o programa em Belo Horizonte, e vamos trabalhar muito neste sentido", disse Paulo Simão. A argumentação das construtoras é que o aquecimento do mercado imobiliário em Belo Horizonte inflacionou a cadeia produtiva da construção e que não há justificativa para que os valores em Belo Horizonte sejam inferiores aos de outras capitais.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) já declarou ser inviável a construção de imóveis com os valores propostos e que o preço mínimo deveria ser de R$ 66 mil. Até o momento, apenas uma contratação, de 1.470 unidades, foi feita em Belo Horizonte para a faixa salarial entre zero a 3 salários mínimos dentro do MCMV.
De acordo com Simão, o balanço da primeira etapa do programa é positivo. "Ele equacionou o problema habitacional brasileiro. Em oito anos, se mantivermos o ritmo de aplicação e de sucesso do programa, poderemos zerar o déficit habitacional do Brasil", disse.
A meta da segunda etapa do MCMV, que foi incluído na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), é viabilizar 2 milhões de unidades habitacionais, sendo 60% (1,2 milhão) para famílias com renda de até R$ 1.395. A previsão da Caixa é de que sejam aplicados R$ 140 bilhões na execução do programa até 2014.
Flash
Correção.O preço máximo do imóvel para zero a três salários mínimos em Belo Horizonte deve ser reajustado de R$ 46 mil para R$ 56 mil, mas valor ainda é abaixo do considerado ideal pelo setor da construção civil.
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